Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Laiza Santana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-06082020-191010/
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Resumo: |
Este trabalho objetiva analisar de que forma os bens de consumo, incluindo bens de luxo, foram fundamentais para a estruturação da cultura funk paulista entre os anos de 1995 e 2014. Por meio da perspectiva da cultura material e do horizonte teórico da História do Tempo presente argumentamos que a apropriação de artefatos historicamente difundidos entre as classes sociais mais altas pelos funkeiros de - classe média baixa - não foi uma tentativa dessa classe de emular aquela, mas um processo histórico mais amplo e complexo. Com base no conceito de síntese corporal operacionalizado por Jean-Pierre Warnier (1999) foi possível analisar reportagens jornalísticas, letras de músicas e videoclipes no intuito de demonstrar como a materialidade específica apropriada pelos funkeiros não era uma proposta de reprodução do habitus de segmentos abastados da sociedade. Muito pelo contrário, compreendemos neste trabalho que a materialidade foi a matriz de subjetivação dos sujeitos da cultura funk paulista, que incorporaram de forma sui generis a dinâmica motora dos artefatos à sua própria dinâmica corporal. A relação com o luxo teve impacto diferente entre homens e mulheres que compartilharam a cultura funk. Tais diferenças foram aqui analisadas também a partir da dimensão material, ou seja, a partir de corpos e repertórios colocados em situações específicas de gênero. |