Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Short, Paula Coeli Araujo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-14062021-172015/
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Resumo: |
O relacionamento entre irmãos configura-se como um recurso-chave no desenvolvimento social e emocional infantil. O conhecimento acumulado sobre esses relacionamentos é derivado de investigações com famílias de irmãos não-gêmeos. Contudo, dada a sua natureza singular, a relação gemelar parece se diferenciar, em muitos aspectos, daquelas entre irmãos comuns. Somando-se a isso, estudos evidenciam um aumento na taxa de nascimento de gêmeos no Brasil e no mundo. Além disso, os estudos com esta população apresentam-se como um interessante campo de investigação científica da seleção de parentesco, uma vez que pares monozigóticos compartilham 100% de carga genética enquanto os pares de gêmeos dizigóticos compartilham 50%. Com o objetivo de preencher a lacuna de estudos científicos psicológicos, sobretudo, da Psicologia Evolucionista, no que tange a natureza das relações gemelares na infância, o presente estudo investigou, a partir dos relatos de mães brasileiras, se as características dos relacionamentos entre irmãos variam sistematicamente em função da relação genética, tipo de irmão, composição sexual e idade. Para tanto, 884 mães de gêmeos e 134 mães de não-gêmeos da faixa etária entre 1 e 12 anos responderam ao Questionário de Relacionamento, em que a qualidade da relação entre os irmãos é avaliada a partir de cinco dimensões: proximidade, dependência, rivalidade, conflito e dominância. Considerando a dependência dos dados no nível intrapar as análises foram realizadas usando os procedimentos da ANOVA mista de medidas repetidas. Assim, como resultado, os gêmeos MZ foram descritos como mais próximos e dependentes, tanto em relação aos DZ, quanto aos pares de irmãos não gêmeos. Além disso, ao considerar a variável idade, pares MZ, de 1 a 3 anos, foram considerados significativamente mais próximos e mais conflituosos do que os DZ. Em relação à composição sexual, pares de gêmeos masculinos foram percebidos como mais conflituosos em três situações: a) em pares MZ, de 7 a 9 anos, quando comparados a pares do sexo feminino; b) quando comparados a pares de gêmeos do sexo oposto, independente da zigosidade; c) em pares DZ, de 10 a 12 anos, quando comparados a pares do sexo oposto. Portanto, espera-se que os resultados apresentados neste estudo contribuam para uma melhor compreensão sobre a relação gemelar e enfatizamos a necessidade de considerar a natureza específica desta relação nos estudos sobre relações entre irmãos |