Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Nathália Zanon dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-30032017-135039/
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Resumo: |
A sobrecarga hídrica (SH) é um achado comum em pacientes em diálise peritoneal (DP) e a inadequação do estado nutricional aumenta a morbimortalidade nesta população. A bioimpedância elétrica é um método rápido e não-invasivo para estimar os compartimentos corporais, incluindo a distribuição dos fluídos corporais nos espaços intra e extracelulares. O principal objetivo foi avaliar se a SH interfere em estado nutricional, composição corporal, gasto energético de repouso e um biomarcador de risco cardiovascular, em pacientes com Doença Renal Crônica tratados por DP. Caracterizou-se como um estudo observacional transversal, realizado no Hospital das Clínicas da FMRP-USP. Foram avaliados dados de composição corporal e estado hídrico por Bioimpedância Elétrica de Frequência Simples (BIA) e Bioimpedância Elétrica Multifrequência de Espectroscopia (BIS), a concentração sérica do peptídeo natriurético atrial (Nt pro - BNP) como biomarcador de risco cardiovascular, dados antropométricos, de consumo alimentar, gasto energético de repouso (GER), exames bioquímicos e dados clínicos de rotina dos pacientes. Trinta pacientes foram incluídos e classificados em normohidratados (NH) ou hiperhidratados (HH), pelo valor de sobrecarga hídrica de 1,1 L. Para análise estatística, o nível de significância foi pré-fixado em ?= 0,05. Os pacientes HH, em comparação aos NH, apresentaram além de maior sobrecarga hídrica (3,54 L ± 1,7 X 0,14 ± 0,6), maiores valores em água corporal total (ACT - 34,98 L ± 4,74 X 30,43 L ± 5,45), água extracelular (AEC - 17,91 L ± 2,87 X 13,84 L ± 2,30) e menores valores de ângulo de fase (4,02° ± 0,81 X 5,51° ± 0,77) na avalição por BIS; o Nt Pró - BNP mostrou-se maior nos HH (7686 pg/ml ± 8872 X 1334 pg/ml ± 1034). Não houve diferença significativa entre os grupos para dados antropométricos, nos demais exames bioquímicos, em aferições da força de preensão palmar, nas pontuações do MIS (Malnutrition Inflammation Score), nos dados de ingestão alimentar, e nem no GER. O grupo com sobrecarga hídrica mostrou, de fato, uma maior concentração de água em compartimento extracelular, possivelmente gerando aumento em Nt pro - BNP e menor ângulo de fase. Quando avaliado o grupo como um todo, os métodos (BIA e BIS) mediram os resultados igualmente somente no que se refere à resistência (p = 0,71). Sendo a ACT, água intracelular (AIC), AEC, massa livre de gordura (MLG), massa celular corporal (MCC) e ângulo de fase maiores na medições da BIA e somente massa gorda maior nas medições da BIS; correlações mostraram que os dados de massa livre de gordura e massa celular corporal foram os que mais se distanciaram, com coeficientes mais fracos, enquanto que as demais variáveis apresentaram forte correlação. Para o diagnóstico nutricional em vigência de sobrecarga líquida, deve-se considerar um conjunto de variáveis interpretadas de maneira complementar, possibilitando um diagnóstico nutricional mais detalhado. O uso rotineiro da BIS pode ajudar a refinar a avaliação do estado de hidratação e composição corporal destes pacientes em DP. |