Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Januário, Mara Elisama da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17136/tde-23042018-164806/
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Resumo: |
A degradação lisossomal de proteínas de membrana endocitadas ocorre por meio do direcionamento destas proteínas para vesículas intralumenais (ILVs), formadas no lúmen dos corpos multivesiculares (MVBs), e subsequente fusão dos MVBs com lisossomos. Apesar de sua importância na degradação de proteínas transmembrana, os MVBs possuem outra importante função, a de produzir e liberar vesículas extracelulares (EVs). Neste processo os MVBs não se fundem com lisossomos, mas sim com a membrana plasmática o que resulta na liberação das vesículas residentes no interior dos MVBs para o meio extracelular. Diversas proteínas participam do direcionamento de cargas para os MVBs. Os estudos que delinearam a via de tráfego mediada por AP1 concentraram-se nos complexos contendo a subunidade ?1 que medeia o transporte de proteínas entre a rede trans-Golgi (TGN) e endossomos. Contudo, o genoma humano codifica uma segunda isoforma desta subunidade, denominada ?2, e evidências presentes na literatura e também observadas por nosso grupo indicam que AP1?2 pode regular uma via de tráfego distinta da via classicamente atribuída a AP1. Utilizando ensaios de uptake de EGF em condições onde foi realizado o KD de ?1 ou ?2, foi observado que o silenciamento de ?2 prejudica a degradação de EGF internalizado por seu receptor. Efeito também observado para o próprio receptor de EGF (EGFR) em ensaios de biotinilação da superfície celular. Demonstrando que a degradação lisossomal do complexo EGF-EGFR pela via canônica dos MVBs requer o complexo AP1?2, mas não AP1?1. Em conjunto com este estudo também foi analisado o mecanismo molecular de direcionamento da proteína Nef do HIV-1 para os MVBs associados a liberação de EVs. A proteína Nef do HIV é determinante na modulação do ambiente intracelular favorecendo a replicação do vírus e progressão à AIDS. Nef é ativamente secretado em EVs e sua liberação pode levar a apoptose de células vizinhas aceptoras dessas vesículas. Nef também medeia a redução dos níveis de CD4 e moléculas de MHC-I em EVs. Ainda não é conhecido o mecanismo molecular utilizado por Nef para ser exportado em EVs, mas sabe-se que Nef interage fisicamente com a proteína II acessória da maquinaria ESCRT, Alix, importante no processo de formação das ILVs e seleção das cargas que serão internalizadas nos MVBs. EVs coletadas de células HeLa e linfócitos T CD4+ silenciados para Alix demostraram reduções significativas na liberação de Nef. Estes resultados indicam que Nef requer Alix para sua eficiente liberação em EVs. |