Correlação entre medidas ecocardiográfica e invasiva da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo em coronariopatas com fração de ejeção preservada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Calvilho Junior, Antonio Amador
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-13072016-091349/
Resumo: A doença arterial coronária é importante e prevalente manifestação da aterosclerose. A avaliação da função diastólica pelos parâmetros mitrais obtidos com Doppler ecocardiográfico possui limitações nos coronariopatas com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) preservada. Nestes, a disfunção diastólica, independentemente da FEVE, associa-se a maior incidência de desfechos desfavoráveis. A elevação da pressão diastólica final (PD2) do ventrículo esquerdo (VE) é a principal consequência fisiológica da disfunção diastólica. A pesquisa por melhores formas de determinação da PD2 do VE estendeu-se às modernas técnicas ecocardiográficas de quantificação da mecânica cardíaca. O objetivo deste estudo é correlacionar as medidas de deformação miocárdica, obtidas pelo speckle-tracking ecocardiográfico bidimensional, com a medida invasiva da PD2 do VE em pacientes com insuficiência coronariana e FEVE preservada. Métodos: foram avaliados 81 coronariopatas (idade: 61 ±8 anos) com FEVE >50%, encaminhados para cineangiocoronariografia eletiva, 40 destes com PD2 elevada (>16 mm Hg). Todos os indivíduos foram submetidos à avaliação ecocardiográfica convencional imediatamente antes do cateterismo e subsequente avaliação offline, com ecocardiografia speckle tracking (EST) para obtenção de medidas sistólicas e diastólicas de strain e strain rate circunferenciais e longitudinais, e estudo rotacional do VE. Foram analisadas as variáveis diastólicas da EST, tanto de forma isolada, quanto combinada com a velocidade da onda E ao Doppler. Resultados: Comparativamente, os pacientes do grupo com PD2 do VE elevada (n=40) mostraram aumento do volume indexado do átrio esquerdo (22 ±6 mL vs 26 ±8,26 mL p=0,04), velocidade da onda E (65 ±15 cm/s vs 78 ±20 cm/s p=0,02), relação E/e\' médio (8,14 ±2,0 vs 11,54 ±2,7 p=0,03) e relação E/strain rate global circunferencial (SRGC) pico E (39 cm vs 46 cm p <0,01). Nos 81 pacientes a correlação de Spearman com a medida invasiva da PD2 do VE foi de 0,56 para a relação E/e\' (p=0,03) e de 0,43 para a relação E/ESRGC pico E (p<0,01). A área sob a curva ROC foi significativa em ambas, sendo 0,83 e 0,73 respectivamente (p<0,05). Conclusão: A relação E/SRGC pico E é capaz de identificar elevação da PD2 do VE em coronariopatas com FEVE preservada, com menor desempenho que a relação E/e\'.