Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silvestrini, Virgínia Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-11042023-093803/
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Resumo: |
A leucemia mieloide crônica (LMC) é caracterizada pela presença da oncoproteína BCR-ABL1, com ativação constitutiva de sua atividade tirosina quinase, e pela transformação neoplásica de células-tronco hematopoiéticas. O desenvolvimento dos inibidores tirosinoquinase (TKI) específicos para BCR-ABL1, como o mesilato de imatinibe, representou um avanço importante no tratamento da LMC. Entretanto, os atuais desafios terapêuticos são: i- oferecer aos pacientes cura a longo prazo, sem a manutenção contínua do tratamento, e, ii- reduzir o impacto a resistência ao tratamento observada em até 20% dos pacientes. A mutação T315I em BCR-ABL1 produz resistência a todos os TKI disponíveis. Emergem dessas demandas, o racional lógico para complementação terapêutica baseada em alvos moleculares coadjuvantes da ação transformante de BCR-ABL1. A identificação da associação da proteína adaptadora IRS1 com BCR-ABL1 e a demonstração dos efeitos antineoplásicos do inibidor farmacológico NT157 de IGF1R-IRS1/2 em modelos celulares BCR-ABL1, independente do status mutacional para T315I, abriram novas perspectivas para redução do impacto da resistência em pacientes. Assim, buscamos identificar novos mecanismos moleculares do NT157 e imatinibe em células BCR-ABL1, mutadas ou não para T315I, através de análises proteômicas. Para isso, utilizamos modelos in vitro de linhagens celulares murinas Ba/F3 (WT e T315I) que foram submetidas ao tratamento com NT157 e/ou imatinibe e também células primárias de paciente com mutação T315I. A fim de elucidar os processos moleculares precoces desencadeados por NT157, utilizamos condições que não interferem na viabilidade das células, mas que alteram mecanismos de sobrevivência. A análise proteômica detalhada em células Ba/F3 demonstrou proteínas que são NT157 e imainibe-dependentes, destacando processos regulados como sistema ubiquitina proteassoma, metabolismo celular e regulação da transcrição gênica. Em células primárias, nossos resultados indicaram que o tratamento com NT157 (6,4 µM) diminuiu a viabilidade e aumentou a apoptose em PBMCs de portador da mutação T315I. Também através de uma análise proteômica quantitativa, destaca-se proteinas nas células do paciente como a citocina CD70, que teve seus níveis aumentados com o tratamento pelo NT157. Também foram identificadas alterações em outras proteínas conhecidamente envolvidas na LMC, como CD44, CD14 e CD33. Nossas descobertas sugerem que a inibição da sinalização de IGF1R/IRS tem especificidade importante e abre perspectiva de possíveis terapias combinadas com TKI para pacientes resistentes. |