Salve quebradas! Raça, educação e articulações feministas na periferia de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira-Macedo, Shisleni de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-12112021-134026/
Resumo: Esta pesquisa faz um percurso por trajetórias feministas na periferia de São Paulo trazendo, além da pesquisa etnográfica e da observação participante, a análise de entrevistas semiestruturadas. O texto se divide em quatro capítulos: no primeiro, abro com um debate sobre fazer antropologia dentro de seu próprio grupo e apresento minhas interlocutoras. No segundo, trabalho com a história dos Clubes de Mães, que considero fundamentais para o desenvolvimento de movimentos sociais contemporâneos nas periferias e discuto a divisão entre movimentos de mulheres e movimentos feministas, fortemente em voga no período. No terceiro capítulo, proponho um debate sobre as disputas de significado em torno da narrativa sobre as periferias, no qual me interesso pelos sentidos atribuídos ao termo e, particularmente, ao impacto dos sujeitos envolvidos na disputa de sua definição. Uma crítica feminista à narrativa masculina da experiência periférica conecta o debate deste capítulo com o anterior. Na segunda parte, faço uso da autoetnografia para pensar em nossas trajetórias estudantis marcadas pela luta e a dívida: a educação vivida como um objetivo a ser disputado e conquistado. Trago neste capítulo uma cena autoetnográfica, como maneira de inserir a minha própria experiência racial no território, e situar o corpo da antropóloga em campo. No último capítulo, apresento o movimento de organização coletiva que gerou a criação do CDCM - Centro de Defesa e Convivência da Mulher - Casa Viviane dos Santos em Guaianases, no começo dos anos 2000, bem como sua influência na criação do CDCM Casa Anastácia, na Cidade Tiradentes, o primeiro com enfoque racial no atendimento às mulheres. Estas histórias são colocadas em perspectiva para mostrar as muitas e complexas configurações e engajamentos dos movimentos de mulheres nas margens da cidade de São Paulo.