Efeitos do alumínio e mecanismos de tolerância à toxicidade em espécies de Eucalyptus e Pinus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Gomes, Simone da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20191218-180059/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do alumínio na parte aérea e sistema radicular de mudas de três espécies de Eucalyptus (E. grandis, E. urophylla e o híbrido E. grandis vs. E. urophylla) e duas espécies de Pinus (P. oocarpa e P. caribaea var. hondurensis), consideradas tolerantes ao alumínio. Foram consideradas como hipóteses: a) quanto maior o teor de alumínio no solo maiores as alterações na morfologia radicular; b) quanto maior a CTC de raiz maior a adsorção e absorção de alumínio. O experimento foi conduzido durante o período de março de 2000 a janeiro de 2001, em de casa de vegetação. Foram utilizadas amostras de terra da camada de 0 a 20 cm de profundidade de um solo caracterizado como Latossolo Vermelho A moderado distrófico textura média (240 g kg-1 de argila), originário da região de cerrado. Os atributos químicos das amostras originais foram: pH em CaCl2 = 3,9; MO = 28 g dm-3; P-resina = 5 mg dm-3; Ca = 0,4 e Al = 15 mmolc dm-3. Os tratamentos foram os seguintes: 1) adubação básica - 50 mg de N, 100 mg de K, 250 mg de P e 45 mg de S kg-1 de solo; 2) adubação básica mais CaCO3 e MgCO3, na relação estequiométrica de 4:1; 3) adubação básica mais CaSO4 e MgCh; e 4) adubação básica com aplicação de 125 mg P kg-1 de solo mais CaSO4 e MgCl2. Nos tratamentos 2, 3 e 4, estimou-se quantidades de reagentes suficientes para elevar o teor de Ca + Mg para 10 mmolc kg-1 de solo. Após aplicação dos tratamentos, as amostras de terra foram acondicionadas em vasos de polietileno com capacidade para 4 kg, onde foram semeadas e mantidas duas plantas de cada espécie até a colheita. As plantas de Eucalyptus foram colhidas com 210 dias e, as de Pinus, com 300 dias. As respostas das plantas aos tratamentos foram estimadas medindo-se a altura, o diâmetro do colo e a produção de matéria seca da parte aérea e sistema radicular das mudas. Em todo material colhido foram feitas determinações das concentrações de macro, micronutrientes e alumínio. Para todas as espécies, as raízes foram separadas em duas classes: a) raízes com diâmetro ≤ 1mm e b) raízes com diâmetro entre 1 e 3 mm. O comprimento radicular foi estimado digitalmente pelo sistema SIARCS (Sistema Integrado para Análise de Raízes e Cobertura do Solo). A capacidade de troca de cátions das raízes finas com diâmetro ≤ 1mm foi estimada por meio da saturação-remoção da CTC das raízes com íons H+ e posterior titulação destes íons. As Espécies de Eucalyptus e de Pinus não apresentaram diferenças de crescimento em altura, diâmetro do colo e produção de matéria seca da parte aérea entre os diferentes níveis de saturação de alumínio e disponibilidade de nutrientes no solo. Maior densidade de raízes finas foram encontradas nos tratamentos com menores teores de bases e maiores teores de alumínio no solo, para todas as espécies estudadas. A CTC de raiz das espécies de Pinus foi maior do que as de Eucalyptus, as quais apresentaram menor teor foliar de alumínio. Os teores de alumínio nas raízes finas foram muito maiores do que as encontradas nos tecidos foliares nas espécies de Pinus as diferenças foram maiores.