Avaliação de toxicidade do alumínio em genótipos de aveia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Floss, Elmar Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20191220-114804/
Resumo: O trabalho foi realizado na ESALQ/USP e teve por objetivos estudar o comportamento de genótipos de aveia branca (Avena sativa L.) e aveia preta Avena strigosa Scherb), quando submetidos a níveis de alumínio (Al) em solução nutritiva, visando a seleção de genótipos tolerantes, bem como tentar identificar as possíveis causas da toxicidade quanto aos aspectos nutricionais e fisiológicos. Determinou-se a concentração de Al na solução nutritiva, para a classificação de genótipos de aveia e realizou-se a caracterização quanto à tolerância de 156 genótipos de aveia branca e de 14 genótipos de aveia preta. O principal parâmetro de avaliação da tolerância foi o crescimento da raiz seminal (CRS) , que foi correlacionado com outros parâmetros de crescimento da raiz e o rendimento de matéria seca (MS). A concentração de 7,5mg Al/litro na solução nutritiva promoveu urna redução do CRS superior a 50%, nos genótipos mais sensíveis. O comprimento inicial da raiz seminal (CIRS) não apresentou correlação com os parâmetros CRS, crescimento relativo (CRRS), e comprimento final relativo da raiz seminal (CFRRS), e algumas vezes correlação entre CIRS e CFRS. Já o CRS apresentou correlação altamente significativa com CRRS, CFRS e CFRRS. Em relação ao rendimento de MS, o CRS apresentou melhor correlação com o rendimento relativo de MS da planta e da parte aérea do que o rendimento de MS das raízes. Nessa concentração, os genótipos de aveia branca UPF82079, UPF86AI068-5-4b, UPF 3, UFRGS 6, UPF86Al068, UFRGS 1, UFRGS 4, UPF 15, UPF86120, UPF84297, UPF87070, UPF84321, UPF87128, CTC 1, UPF79302, CTC841412-3 e UPF79159-6b, mostraram-se tolerantes (CRS)/responsivos (CRRS). No nível 15 mg Al/litro, os genótipos: UPF82079, UPF77394-1, UFRGS6, UPF86006, UPF81360, UPF86160, UPF86112, UPF81359 E UPF2, revelaram-se tolerantes pelo índice de tolerância relativa (ITRAI). Em relação às aveias pretas, os genótipos UPF77434, UPF84AP01, UPF77066, UPF77436, Preta Argentina, UPF77352 e UPF85AP01, mostraram-se tolerantes/responsivos no nível de 30 mg Al/litro. Observou-se que o número de afilhos por vaso, o número relativo de afilhos por vaso e o comprimento da maior raiz foram superiores no genótipo tolerante (UPF86AI169-2b) em relação ao sensível (UPF 7). Quanto à nutrição da aveia, verificou-se correlação positiva entre o teor de Al nas raízes com o teor de P e negativa com Mg, Mn e Zn no genótipo sensível, enquanto no genótipo tolerante a correlação foi positiva com os teores de N e P e negativa com Mg, Mn e Fe. Na parte aérea do genótipo sensível, o teor de Al correlacionou-se de forma negativa, com os teores de P, K, Ca, Mg, Cu, Mn e Zn, e no tolerante a correlação foi negativa para os teores de N, Ca e Mg. O teor de Al correlacionou-se de forma negativa com o rendimento de MS das raízes e da parte aérea dos do i s genótipos. No genótipo sensíveI o rendimento de MS das raízes correlacionou-se de forma positiva com os teores de P, Mg, Mn e Zn e no tolerante com N, P, Mg, Fe e Mn. Na parte aérea do genótipo sensível o rendimento de MS correlacionou-se de forma positiva com os teores de N, P e Mg e no tolerante com N, P, Mg e Fe. O Mg foi dos nutrientes estudados o mais afetado pela toxicidade do Al nas plantas, enquanto o teor de P aumentou e a extração diminuiu com o aumento da concentração de Al na solução. O genótipo tolerante e o sensível não diferiram quanto ao teor e a extração de Al pelas plantas, mas nas raízes, o teor de AI no genótipo tolerante foi superior ao do sensível. O pH médio na solução de cultivo e a média de atividade da redutase do nitrato foram superiores no genótipo tolerante em relação ao sensível. ConcIuiu-se que, apesar das aveias brancas apresentarem grande variabilidade, elas são menos tolerantes ao AI do que as aveias pretas. Dentre aquelas, os genótipos UPF82079 e UFRGS 6 mostraram maior tolerância e responsividade ao Al, nos níveis de Al utilizados, podendo ser utilizados em cruzamentos, visando o melhoramento genético para este caráter. As aveias tolerantes e as sensíveis diferem quanto ao efeito do Al sobre o afilhamento e comprimento da maior raiz, teores de alguns nutrientes e atividade "in vitro" da redutase do nitrato.