Análise gênica e proteica dos marcadores de receptividade endometrial em mulheres com síndrome dos ovários policísticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rezende, Maria Cândida Pinheiro Baracat
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-13022019-152435/
Resumo: Introdução: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a desordem endócrina mais comum em mulheres durante o período reprodutivo. Contudo, representa ainda um desafio, principalmente, quando há infertilidade. Portanto, há necessidade de mais estudos nesta área, em especial, no endométrio. Nosso estudo tem como objetivo realizar a análise da expressão gênica e proteica de marcadores de receptividade endometrial em pacientes com Síndrome dos Ovários Policísticos, comparando-a com a de mulheres com ciclos menstruais regulares. Casuística e métodos: Foram avaliadas 36 mulheres na menacme, divididas em dois grupos: Grupo SOP (n=23) e Grupo Controle - mulheres com ciclos menstruais regulares (n=13). As pacientes do grupo SOP receberam progesterona micronizada na dose de 400mg ao dia, por via vaginal, durante 10 dias. Após o 14º dia do fluxo menstrual, receberam novamente a mesma dose de progesterona natural, por 10 dias. A biópsia de endométrio foi feita durante os últimos dias do emprego da progesterona (6º ao 10º dia de tratamento). No Grupo Controle, a biópsia foi feita na fase secretora (janela de implantação - 20º ao 24º dia). Além disso, foi feita biópsia endometrial em um grupo de mulheres com SOP durante a fase proliferativa. O material coletado foi processado e analisado por técnicas de biologia molecular (avaliação gênica por microarray) e análise imunoistoquimica relacionada à angiogênese. Resultados: As mulheres com SOP apresentaram alterações do metabolismo de carboidratos, hiperinsulinemia e hiperandrogenismo. Após o uso de progesterona natural, o endométrio revelou, na janela de implantação, modificações secretoras, assemelhando-se ao das mulheres com ciclos menstruais regulares. Os dados imunoistoquímicos mostraram haver redução da expressão do VEGF nas mulheres com SOP tratadas com progesterona natural em relação às com ciclo menstrual regular. Após a análise gênica, registrou-se predomínio de genes que podem interferir negativamente com a angiogênese no endométrio das pacientes com SOP tratadas com progesterona natural. Conclusão: O endométrio das mulheres com SOP, mesmo após tratamento com progesterona natural, mostra-se inadequado para a implantação endometrial devido à redução da angiogênese local