Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Peters, Barbara Santarosa Emo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-20122021-111802/
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Resumo: |
Objetivo: Sendo o hiperparatireoidismo um agravante para desnutrição em pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC), o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional de pacientes com IRC em programa de hemodiálise com Hiperparatireoidismo Secundário (HPT2) submetidos a Paratireoidectomia (PTX). Casuística e métodos: O estudo foi realizado no Ambulatório de Osteodistrofia Renal do ICHC/FMUSP. Foram acompanhados 15 pacientes adultos, de ambos os sexos, com idade média de 43,4 ± 12,7 anos. Os dados para avaliação nutricional e bioquímica foram coletados antes e após 6 meses de realização da PTX. Os participantes realizaram diário alimentar de 3 dias para a análise da ingestão de energia, proteína, cálcio e fósforo; medidas antropométricas, peso, altura, índice de Massa Corporal (IMC) e Impedância Bioelétrica (BIA); e parâmetros bioquímicos nutricionais e do metabolismo ósseo como proteína total, albumina, uréia, creatinina, proteína C reativa, cálcio e fósforo sérico, fosfatase alcalina total, fração óssea da fosfatase alcalina, vitamina D e paratormônio intacto (iPTH). Resultados: Não houve alteração significante nos valores médios de energia, ingestão de carboidratos, lipídeos, proteínas, e fósforo após a cirurgia, somente a ingestão média de cálcio aumentou significantemente após a PTX (de 382,2 ± 209,6 mg para 656,6 ± 313,8 mg; p<0,05). O peso e IMC também não apresentaram alteração durante o estudo. Quanto aos dados obtidos pela BIA, a gordura corporal (GC), massa magra (MM), água corporal total (ACT), e a água extracelular (AEC) não apresentaram alteração significativa após os 6 meses da cirurgia; entretanto, o ângulo de fase (Φ) e a reactância (Xc) aumentaram significantemente após a PTX (5,0 ± 1,4 graus para 5,6 ± 1,3 graus; 44,1 ± 15,6 Ohm para 57,1 ± 14,4 Ohm, respectivamente; p<0,05). Foi encontrada correlação negativa entre o iPTH e a GC (r= -0,69, p=0,014) apenas antes da PTX. Como esperado, houve melhora significante no fósforo sérico (Ps), fosfatase alcalina total (Fat), fração óssea da fosfatase alcalina (FAfo) e iPTH após a PTX (6,7 ± 1,8 para 4,5 ± 1,5 mg/dl; 542,2 ± 835,4 para 111,9 ± 68,2 U/I; 135,6 ± 230,1 para 24,5 ± 16,0 U/I; 1221,6 ± 685,1 para 153,1 ± 189,2 pglml, respectivamente; p<0,05), e também na albumina e proteína total. Não houve alteração quanto ao cálcio sérico total, vitamina D e proteína C reativa. Conclusão: No presente estudo foram observados benefícios da PTX para o estado nutricional de pacientes com altos níveis de iPTH. Houve melhora na composição corporal de acordo com os dados da BIA, melhora nos parâmetros bioquímicos relacionados ao estado nutricional e ao metabolismo ósseo, e, além disso, verificou-se ausência do efeito negativo do PTH na gordura corporal. |