Perfil funcional do auto-enxerto de tecido paratireóideo em pacientes submetidos à paratireoidectomia total por hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nascimento Júnior, Climério Pereira do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-11012012-093946/
Resumo: INTRODUÇÃO: A paratireoidectomia total com auto-enxerto imediato heterotópico (PTH+AE) é uma das técnicas cirúrgicas hoje usadas no tratamento do hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica e do hiperparatireoidismo persistente após o transplante renal. Os níveis adequados de paratormônio sistêmico (PTHs) no pós-operatório ainda são controversos e o perfil funcional do auto-enxerto de tecido paratireóideo, pouco esclarecido. No presente estudo, nós analisamos a função do tecido paratireóideo implantado pacientes com hiperparatireoidismo secundário e terciário. MÉTODO E CASUÍSTICA: Em um estudo prospectivo observacional, 19 pacientes portadores de doença renal crônica (PDRC) e quatro pacientes transplantados renais (PTR) foram submetidos à PTX+AE com e seguidos por um ano. Todos os pacientes apresentaram PTHs indetectável no pós-operatório imediato (POi). Os níveis séricos de PTH em ambos os membros superiores, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina e reposição de cálcio elementar e calcitriol foram verificados com um mês, dois, três, quatro, seis, nove e 12 meses após a cirurgia. A 25-Hidroxivitamina D (25OHD) foi medida no POi, seis e 12 meses após a cirurgia. A função do auto-enxerto foi classificada em estados funcionais (EF) de acordo com os níveis de PTHs. RESULTADOS: A maioria dos PDRC e PTR mostraram níveis detectáveis de PTHs já no primeiro mês. No segundo mês pósoperatório, todos os pacientes apresentaram níveis detectáveis de PTHs quando também houve estabilização dos níveis séricos em ambos os grupos. Os gradientes de concentração de PTH não mostraram correlação com o PTHs. No pós-operatório, a hipercalcemia foi observada em 73,7% dos PDRC em pelo menos um episódio, reduzindo ou inibindo a secreção de paratormônio em oito pacientes. Não houve melhora dos níveis de 25OHD em ambos os grupos, permanecendo com níveis insuficientes. Oito PDRC regrediram de EF ao final do estudo. CONCLUSÃO: O perfil funcional do AE é semelhante entre os PDRC e PTR. A função do AE, inicia-se no primeiro mês pós-operatório, atingindo um maior EF até o quarto mês pós-operatório na maioria dos pacientes, porém pode haver declínio da função ao longo do tempo