Os Segredos de Virgínia: Estudo de Atitudes Raciais em São Paulo (1945-1955)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Gomes, Janaina Damaceno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-14032014-103244/
Resumo: Entre 1945 e 1955, a socióloga, visitadora psiquiátrica e psicanalista negra Virgínia Leone Bicudo escreve dois trabalhos sobre relações raciais no Brasil: o primeiro é a tese Estudo de atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo (1945), sua dissertação de mestrado concluída na Escola Livre de Sociologia e Política (ELSP). Nela, a autora discute a importância da formação de associações negras, como a Frente Negra Brasileira, na mobilização contra os obstáculos para ascensão social dos negros. O segundo trabalho, publicado em 1955, é Atitudes de Alunos de Grupos Escolares em Relação com a Cor dos seus Colegas, resultado das suas pesquisas durante a realização do Projeto Unesco-Anhembi em São Paulo. Ao trabalhar as dimensões subjetivas do preconceito, ela se aproxima dos discursos de intelectuais negros como Frantz Fanon e Guerreiro Ramos. Nosso objetivo é analisar como os estudos de atitudes impactaram as pesquisas sobre relações raciais no Brasil durante o período em que Virgínia escreveu os seus trabalhos, bem como pensar nos processos de legitimação do intelectual negro na universidade.