Limiar de dor a pressão, impacto e qualidade de vida relacionada à saúde em crianças com migrânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ferracini, Gabriela Natália
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-03082016-085521/
Resumo: Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o limiar de dor a pressão (LDP) em crianças com migrânea, o impacto da cefaleia e a qualidade de vida relacionada a saúde. Métodos: Compuseram a amostra 50 crianças com migrânea sem aura de ambos os gêneros de 6 a 12 anos de idade que estavam em atendimento no Ambulatório de Cefaleia Infantil e 50 crianças sem diagnóstico de migrânea ou outro tipo de cefaleia há pelo menos 3 meses que estavam em acompanhamento no Ambulatório de Problemas de Crescimento e Desenvolvimento do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em 2010 e 2011. O LDP foi avaliado com a utilização de um algômetro digital em 9 pontos anatômicos bilaterais (total 18), determinados pelo Colégio Americano de Reumatologia. Para verificação do impacto da cefaleia na vida destas crianças foi aplicado o questionário PedMIDAS (Pediatric Migraine Disability Score) e para qualidade de vida relacionada a saúde foi aplicado o questionário PedsQL4.0 (Pediatric Quality of Life InventoryTM) nas crianças e nos pais. Na análise estatística foi utilizado o modelo linear de efeitos mistos (efeitos aleatórios e fixos) e o coeficiente de correlação de Sperman (?). Resultados: Os resultados mostram que em se somando todas as regiões corporais avaliadas, não foi possível detectar diferença do LDP entre as crianças com migrânea e as do grupo controle. Entretanto quando os grupos foram descriminados pelo gênero, tanto as garotas quanto os garotos com migrânea apresentam LDP baixo em pelo menos uma região avaliada, do que os garotos e garotas sem cefaleia. O LDP foi baixo em um ponto cefálico (musculatura suboccipital) e um ponto extracefálico (aspecto anterior de C5-C7) nas crianças com migrânea. O ponto cefálico obteve LDP baixo em relação aos pontos extracefálicos, em ambos os grupos, exceto a região de segundo espaço intercostal. A cefaleia interfere nas atividades diárias, principalmente escolar, das crianças com migrânea, independente do gênero. E a qualidade de vida relacionada à saúde não se apresentou pior em crianças com migrânea comparadas com as sem cefaleia, pela percepção das crianças. Mas pela percepção dos pais, a qualidade de vida relacionada á saúde é pior em crianças com migrânea. Nenhuma correlação foi encontrada entre: LDP e dias perdidos devido à cefaleia, LDP e qualidade de vida. Conclusões: Este estudo demonstrou que a migrânea não está associada com dor muscular generalizada, mas que interfere nas atividades diárias, principalmente na escolar, independentemente do gênero. Pela percepção dos pais a qualidade de vida relacionada á saúde é pior em crianças com migrânea que nos controles.