Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Marcela Verdade Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-28112024-175220/
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Resumo: |
Junto a um grupo de cinco participantes mulheres sobreviventes do sistema prisional e mulheres familiares de pessoas presas nos propusemos a pensar relações possíveis entre saúde e prisão dentro do campo da Saúde Coletiva. Partindo de uma noção de Produção de Saúde, nos guiamos pelas metodologias da Pesquisa-Ação Participativa (PAP) e do photovoice (fotovoz) para que as participantes pudessem produzir narrativas orais sobre suas vidas. A partir das imagens-malícia ou imagens dialéticas que vão se construindo pelas fotografias e pelas palavras, gestos, entonações e pausas próprias à narrativa oral, as participantes trabalham no âmbito da própria temporalidade: recontando passados, recolocando presentes e desdobrando futuros. A ideia de espacialidade se rearranjou pela explícita parcialidade da visão e fala, colocando-nos, pelas narrativas, contra a hegemonia das posições não marcadas. Nesse compasso, nosso sujeito discursivo é composto pelas narrativas das cinco participantes, mas é guiado pela narrativa de uma delas que se faz nosso fio condutor. Propomo-nos a exercitar constantemente uma sensibilidade para a indissociação entre o fazer da vida e da saúde, pelos modos de se produzir corpo e mundo. Buscamos explicitar para a Saúde Coletiva como a prisão se apresenta intimamente relacionada a longos processos de vulnerabilização social e como resiste neste campo, à contrafluxo, composições simpoiéticas que criam a possibilidade de se imaginar outros mundos, enquanto exercitamos a ocupação de espaços outros, perspectivas novas e remontando possíveis parcerias. Trata-se, portanto, de fazer pelas imagens uma imersão de dobras e desdobras para produzir, em mão dupla, um registro de como a prisão, em suas continuidades e descontinuidades, se faz propriamente como um problema da produção da vida e consequentemente, da Saúde Coletiva; ao mesmo tempo que um movimento de telescopagem da temporalidade, de refazimento dos corpos e de valorização dos desejos por um mundo comum |