Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gambardella, Ana Luiza Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-31032023-111636/
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Resumo: |
A presente pesquisa tem como finalidade discutir as relações significantes e significativas que se inauguram, no processo de representação, entre a produção artística e o espaço urbano, e em particular investigar as possibilidades da abordagem do uso do meio fotográfico enquanto interpretação crítica da experiência do caminhar pela cidade. Adota-se como objeto de estudo o fotolivro Paranoia (1963), com texto do poeta Roberto Piva (1937-2010) e fotografias do artista Wesley Duke Lee (1931-2010), considerando as questões inerentes a tal objeto estudado, fotolivro, na estruturação das ações de pesquisa. A abordagem teórica estabelece diálogo com o método da montagem descrito por Sergei Eisenstein, utilizado no cinema, no delineamento das questões intrínsecas à produção do fotolivro enquanto objeto artístico de interesse para a construção de uma narrativa intencionalmente construída, tratando assim as questões anatômicas do objeto de pesquisa, fotolivro, na estruturação das ações de pesquisa. Considerando o livro Paranoia uma das poucas obras brasileiras reconhecidas como surrealista pelos próprios integrantes do Movimento, constitui-se como estrutura teórica de análise a revisão crítica das práticas artísticas desse movimento, tais como a deambulação enquanto ação estética, resgatando as condições indiciais da escrita e da fotografia potencializadas no contexto do fotolivro e das suas ligações analógicas. Por fim, uma leitura atenta do objeto leva a análises que procuram a construção da imagem de uma cidade historicamente localizada; ao estarem copresentes, o fotógrafo e o poeta nos apresentam em Paranoia uma intensidade estética que aproxima e transporta o leitor para o retrato da sociedade vivenciada por eles. Pretende-se discutir, então, a ideia da experiência da cidade como conceito articulado com a produção artística que traz em si a possibilidade de informar uma ação crítica na vivência cotidiana de diferentes urbanidades. |