A cidade delirante de Roberto Piva: análise de quatro poemas de Paranoia (1963)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Thadyanara Wanessa Martinelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152321
Resumo: Segundo Orlandi (2004), dentro do espaço urbano, no que se referem às mais variadas dimensões como a econômica, a cultural, a histórica, etc, o corpo dos sujeitos e o corpo da cidade formam uma construção única, estando os corpos de ambos atados e o destino de um não se separa do destino do outro. Sob esse aspecto, nas relações poéticas, a discussão sobre a cidade, o sujeito lírico e a modernidade é intrinsecamente ligada, já que o início do que pode ser considerado moderno está relacionado com o crescimento das grandes cidades. Essa relação entre sujeito-cidade mudou as relações sociais e, consequentemente, o fazer e o pensar a arte. Tais relações entre sujeito e cidade se acentuam na contemporaneidade, uma vez que o caos urbano se torna mais acirrado e a sensação de fragmentação dos sujeitos se aprofunda. Com base nesses pressupostos, o objetivo desta pesquisa foi empreender um estudo de quatro poemas de Roberto Piva (1937 – 2010) presentes no livro Paranoia ([1963] 2009): “A piedade”, “Poema Porrada”, “Praça da República dos meus sonhos” e “Visão de São Paulo à noite – Poema antropófago sob narcótico”. Partindo do enfoque do urbano, o intento do trabalho foi estabelecer de que forma se constrói a imagem da cidade de São Paulo nos quatro poemas supracitados. Em relação aos aspectos da modernidade lírica, algumas teorias servirão como base às análises dos poemas, como a de Paz (2012; 2014), cuja obra trata, dentre outros temas, da construção de imagens e ritmos dentro dos textos na modernidade poética, e de Friedrich (1978), que discorre sobre os aspectos negativos da lírica moderna, os quais acreditamos permanecerem na obra de Piva.