Probabilidade de sobrevida: comparação dos resultados do trauma and injury severity score (TRISS) com sua nova versão (NTRISS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Domingues, Cristiane de Alencar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-16052008-094946/
Resumo: Trauma and Injury Severity Score (TRISS) é um índice que permite calcular probabilidade de sobrevida de pacientes traumatizados. Para seu cálculo são necessárias as informações: idade; tipo de trauma - penetrante ou contuso; valor do Revised Trauma Score (RTS); e pontuação do Injury Severity Score (ISS). Em 1997 foi realizada uma revisão do ISS com o intuito de melhorar sua acurácia na determinação da gravidade do trauma. Essa revisão resultou em mudança no cálculo desse índice e, consequentemente, em uma nova versão, o New Injury Severity Score (NISS). Resultados de estudos têm indicado que o NISS se iguala ou supera o ISS na previsão de mortalidade. Procurou-se neste estudo verificar se a substituição do ISS pelo NISS, na fórmula original do TRISS, melhora sua estimação de sobrevida. Trata-se de pesquisa retrospectiva realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A população foi constituída por 533 pacientes traumatizados atendidos e internados no Pronto-Socorro deste hospital pelo período de um ano. Foi realizada análise descritiva das características das vítimas e calculadas as medidas de posição para as variáveis contínuas. Para verificar qual o melhor indicador (TRISS ou NTRISS) para probabilidade de sobrevida e o melhor ponto de corte, foi utilizada a curva ROC. Os resultados foram confrontados com as mortes e sobrevidas observadas com o intuito de se identificar a fórmula mais acurada para cálculo da probabilidade de sobrevida. Fizeram parte do estudo pacientes traumatizados entre 18 e 95 anos, sendo a maioria jovens (61,9%), do sexo masculino (80,5%). Os acidentes de transporte foram as causas externas mais frequentes (61,9%), e, consequentemente, houve predomínio de trauma contuso (87,1%). Do total de pacientes, 82,9% foram atendidos por unidades sistematizadas de atendimento pré-hospitalar. A região mais freqüentemente traumatizada foi a superfície externa (63,0%), seguida por cabeça e pescoço (55,5%). Os pacientes estiveram internados por uma média de 11,0 dias (+ 18,0). Dos 533 pacientes, 42,2% necessitaram de internação em Unidade de Terapia Intensiva. A taxa de sobrevida foi de 76,9%. A maioria dos indivíduos (54,5%) apresentou valor de RTS de 7 a 7,84. O escore do ISS e do NISS variou de 0 a 75, com predomínio do escore de 9 a 15 (40,0%) para o ISS e de 16 a 24 (25,5%) para o NISS. O valor do TRISS e do NTRISS variou de 0 a 100,0%; probabilidade de sobrevida maior ou igual a 75,0% foi apresentada por 83,4% dos pacientes segundo o TRISS e por 78,4% dos pacientes de acordo com o NTRISS. O TRISS superestimou a probabilidade de sobrevida dos pacientes traumatizados. Houve diferença estatisticamente significativa entre a previsão de sobrevida dada pelo TRISS e NTRISS, e o NTRISS foi mais assertivo que o TRISS para prever sobrevida dos pacientes atendidos neste centro de trauma