Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Thiago, Elisa Maria Costa Pereira de S. |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-06112007-104330/
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Resumo: |
Dentro de uma abordagem pós-colonial acoplada a um embasamento teórico propiciado pela perspectiva da experiência e guiada por uma metodologia pautada pela Análise do Discurso, investiga-se criticamente o texto multimodal de autoria indígena. Para isso, adotase o conceito de interculturalidade e reconhece-se transculturação na forma de tradução cultural e hibridismo que ocorre no \"espaço intersticial\" da escola para índios no qual o texto multimodal de autoria indígena está inserido, com o intuito de desbancar a \"diferença colonial\". Parte-se do pressuposto de que narrativa é local privilegiado do conhecimento de um grupo social. A narrativa indígena vertida em escrita alfabética é estudada com o intuito de chegar-se a uma apreciação da temporalidade - tempo e espaço - que anima os construtos culturais desse grupo social. Surge, a partir da leitura crítica de narrativas indígenas, a evidência da centralidade que a experiência do corpo inserido em lugar (place) ocupa na episteme indígena. Lugar desbanca a soberania linear de tempo e espaço e implica processos complexos, não-lineares. Em posse de um entendimento dessa lugaridade, o passo seguinte é realizar uma análise crítica do texto multimodal - composto de texto alfabético e texto visual - tendo em vista a dinâmica intercultural encenada no encontro da oralidade com a escrita sobre a superfície do papel. Conclui-se que a cisão tempo-espaço e a cisão oral-escrita, firmemente imbricadas no senso comum que orienta as ações voltadas para o letramento indígena, tendem a uma eliminação da diferença e conseqüente homogeneização do discurso cultural, na contramão, portanto, do objetivo de preservação da cultura indígena tão propalado pelos atores envolvidos com a educação escolar indígena no Brasil. |