A cerâmica artística: interfaces na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Sato, Sandra Minae
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-22092016-151132/
Resumo: Uma das mais antigas matérias-primas utilizadas pelo homem, a cerâmica vive hoje uma das mais importantes revoluções conceituais de sua história. Como expressão artística, a cerâmica tem atravessado séculos sob o estigma de \"arte menor\" e refugiada no que o pesquisador Garth Clark denomina \"fortaleza cerâmica\", recorrendo a um gueto artístico construído com seus próprios veículos de comunicação, espaços expositivos e eventos. Esta pesquisa investiga quais foram os ecos desta condição marginal que conformaram a cerâmica tal como ela se apresenta na atualidade entre as artes visuais e o design, em tempos de intenso desenvolvimento dos recursos tecnológicos disponíveis e da ideia da não-materialidade como forma de manifestação. O estudo revisa a trajetória de artistas que, a despeito das diferenças hierárquicas que segregaram o artista do artesão, atribuíram novos significados a essa que é uma das mais primitivas formas de expressão do sentimento humano. A partir da revisão histórica dos pensamentos, tanto a favor quanto contra, sobre a classificação das artes em \"maiores\" ou \"menores\"; \"belas artes\" ou \"artes aplicadas\", questionamos a necessidade desta categorização. Analisamos, ainda, como as especificidades da cerâmica a tornam representação legítima da arte pós-moderna, conforme a visão de teóricos como Charles Jencks, Stuart Hall, Arthur Danto, Zygmunt Bauman, entre outros, pela sua capacidade de se adaptar as novas linguagens e aos conceitos nos nossos dias.