Relacionamentos entre uma grande empresa e startups: barreiras internas e proposição de ações a partir de uma pesquisa-ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Tiago Lemos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12142/tde-03122019-172854/
Resumo: A competição no mercado financeiro brasileiro vem crescendo com a entrada de novos players. As fintechs, exemplos dessa expansão, cresceram mais de 1.000% entre 2015 e 2019. Procurando manterem-se competitivas, as instituições financeiras encontraram no relacionamento com startups, alternativa para obter novas capacidades. Essa relação assimétrica apresenta oportunidades, mas também traz desafios internos às instituições financeiras. Nesse contexto, buscou-se compreender uma intervenção ocorrida na empresa XYZ, que visou a melhorar seu relacionamento com startups. Em paralelo a essa intenção corporativa, do ponto de vista acadêmico, questionou-se: \'Quais ações internas são as mais adequadas para melhorar o relacionamento da empresa XYZ com as startups?\' Alinhado a essa indagação, o objetivo da presente dissertação foi compreender as formas de \'viabilizar o melhor relacionamento entre uma grande empresa e startups\'. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, que usa a Pesquisa-Ação como método, sendo o pesquisador um dos membros do grupo de intervenção. Os dados da pesquisa foram coletados por meio de oito entrevistas com membros da intervenção, realizadas com base em um roteiro estruturado, e pelas observações do pesquisador, anotadas em um diário de bordo. Ambos foram analisados com auxílio de software. Na análise, puderam ser identificados: dezesseis conjuntos de barreiras, nove habilitadores e quinze novas ações/melhorias. Dentre as principais barreiras constatadas, destacam-se: aversão a riscos, limitação de tempo dos interventores, falta de engajamento dos pares e lideranças, indefinição dos objetivos, comunicação pouco frequente com patrocinador e visão/conhecimento parcial dos processos internos. Dentre os principais habilitadores encontrados, destacam-se: a atuação decisória do patrocinador, ações de aculturamento, comunicação e ferramental e o amadurecimento do grupo interventor. Ademais, as informações obtidas por meio da investigação, confrontadas com abordagens de Corporate Venturing, Inovação/Inovação Aberta e Corporate-Startup Engagement permitiram gerar vinte e uma recomendações à empresa XYZ. Os relatos, as barreiras e as proposições desta pesquisa proveem a base inicial para grandes empresas e startups que buscam construir parcerias. Desta forma, espera-se que a presente pesquisa venha a contribuir para o estudo das relações entre grandes empresas e startups, tema ainda pouco explorado, trazendo nova perspectiva organizacional interna.