Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Dias, Franciele Voltarelli da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-29082016-102414/
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Resumo: |
A respiração oral crônica e os distúrbios respiratórios do sono em crianças têm como principal fator etiológico a hipertrofia das tonsilas palatinas e faríngea. Embora vários estudos tenham analisado as consequências miofuncionais orofaciais da respiração crônica, crianças com apneia obstrutiva do sono (AOS) e com ronco primário (RP) não foram especificamente focalizadas. Devido à crescente recomendação de terapia miofuncional orofacial (TMO) como parte do tratamento de AOS, a determinação de características da musculatura e funções orofaciais de crianças deveria ser o primeiro passo, para o adequado plano de tratamento. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a condição miofuncional orofacial e as características funcionais da musculatura dos lábios, da língua, elevadora e abaixadora da mandíbula de crianças com RP e AOS, bem como compará-las. Participaram 39 crianças com faixa etária entre 7 a 10 anos (8 ± 1,2 anos) sendo divididas em dois grupos, RP com 12 crianças (8 meninos e 4 meninas) e AOS com 27 (11 meninos e 16 meninas). Todas foram submetidas à avaliação otorrinolaringológica, polissonográfica e miofuncional orofacial. As características orofaciais foram determinadas por meio de um protocolo validado de avaliação miofuncional orofacial com escores (AMIOFE), eletromiografia de superfície dos músculos temporais anteriores, masseteres e supra-hioideos e as medidas de máxima força de lábios e de língua por meio do Iowa Oral Performance Instrument (IOPI). Na comparação das medianas foram aplicados os testes de Mann-Whitney (não paramétricos) e das médias, o teste t-Student (paramétrico), de acordo com a distribuição dos dados. O nível de significância foi estabelecido em 5% (P < 0,05). Ambos os grupos apresentaram alterações funcionais orofaciais, contudo o grupo AOS apresentou piores condições miofuncionais orofaciais nas funções de respiração e de deglutição (P < 0,05), desequilíbrio na coordenação dos músculos mastigatórios, com maior assimetria entre os lados direito e esquerdo (AS absoluto) (P = 0,039) e predomínio dos potenciais normalizados dos temporais sobre os masseteres (ATIV) (P = 0,022). Também, as crianças com AOS apresentaram menor capacidade para produzir atividade muscular e mantê-la durante a deglutição espontânea de saliva, com alterações na amplitude máxima (P = 0,041), no tempo do ato de deglutição (P = 0,005) e na integral (amplitude x tempo) (P = 0,001) dos músculos supra-hioideos, comparado ao grupo RP. Não houve diferença significante entre os grupos para a pressão (força) de lábios e de língua (P > 0,05). Em conclusão, as crianças com AOS apresentaram maiores prejuízos nas funções orofaciais e menor coordenação que crianças com ronco primário. Os achados poderão contribuir para a definição de metas e estratégias terapêuticas para crianças com AOS. |