Análise comparativa das características clínico-patológicas e imunopatológicas do líquen plano pilar e da alopecia frontal fibrosante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moure, Emanuella Rosyane Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-20042016-141954/
Resumo: Introdução: Alopecia frontal fibrosante (AFF) é um tipo de alopecia cicatricial classificada, atualmente, como uma variante clínica do líquen plano pilar (LPP), afetando o couro cabeludo em um padrão clínico característico e apresentando padrão histológico similar ao LPP. Objetivos: Analisar e comparar as alterações clínico-patológicas e imunopatológicas do LPP e da AFF. Métodos: Neste estudo foram selecionados dez pacientes com AFF e dez com LPP objetivando caracterizar achados clínicos, histológicos e imunológicos. A revisão dos preparados histológicos em cortes longitudinais foi realizada comparando-se infiltrado linfocitário perifolicular, fibrose perifolicular, apoptose nos folículos pilosos, dilatação infundibular, infiltrado linfocitário liquenoide na interface entre a epiderme interfolicular e a derme, e reação granulomatosa tipo corpo estranho. Foram realizados estudos de imunofluorescência direta e imuno-histoquímica para a demonstração da expressão de CD1a, CD3, CD4, CD8, CD68 e IDO (indoleamine 2,3-dioxygenase) em biópsias de pele. Resultados: As principais manifestações clínicas verificadas nos pacientes com AFF incluíram: recesso frontotemporal simétrico e progressivo, ceratose e eritema folicular, pele atrófica desprovida de orifícios foliculares, rarefação dos supercílios e ausência de pelos velus na linha de implantação capilar. Já nos casos de LPP os principais achados clínicos incluíram: envolvimento multifocal e predominantemente difuso do couro cabeludo com presença de eritema, ceratose e descamação perifolicular. A descamação peripilar (80% no LPP e 50% na AFF) e o prurido (60% na AFF e 30% no LPP) foram os sinais e sintomas predominantes em ambas afecções. A histopatologia mostrou achados sobreponíveis entre os casos de LPP e AFF, incluindo alterações vacuolares de interface, infiltrado linfocítico liquenoide perifolicular, fibrose perifolicular, tratos cicatriciais, degeneração de queratinócitos basais e destruição da camada basal. Os achados mais característicos de imunofluorescência direta incluíram a presença de imunofluorescência granulosa moderada e contínua na zona de membrana basal e corpos citoides fluorescentes na derme papilar, principalmente, anti IgM, IgA e IgG presentes no LPP e na AFF. A comparação histopatológica e imunopatológica não mostrou diferenças significativas entre as duas afecções. Conclusão: Embora clinicamente diferentes, nosso estudo não evidenciou diferenças histopatológicas e imunopatológicas entre o líquen plano pilar e a alopecia frontal fibrosante, favorecendo o conceito de tratar-se, em ambos os casos, de aspectos clínicos distintos da mesma doença