Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rezende, Hudson Dutra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-16092024-163419/
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Resumo: |
Introdução: A alopecia fibrosante frontal (AFF) é uma alopecia cicatricial primária linfocítica considerada uma variante do líquen plano pilar que se caracteriza por retração da linha de implantação capilar que pode ser acompanhada de alopecia de outras áreas corporais, como axila, supercílios e membros. Embora grande parte dos pacientes com AFF se beneficie do tratamento medicamentoso, alguns progridam a despeito da terapia. Dados que correlacionem as variações da atividade inflamatória na AFF com a regularidade do tratamento medicamentoso são escassos na literatura. Durante a pandemia pelo SARS-CoV-2, muitos pacientes tiveram restrições ao acompanhamento médico regular e precisaram interromperem o tratamento clínico. Objetivos: Correlacionar as variações da atividade inflamatória nas pacientes com AFF após o início da pandemia com a manutenção ou suspensão da terapia medicamentosa. Metodologia: Foi realizado estudo observacional de corte transversal, incluindo 83 pacientes do sexo feminino diagnosticadas com AFF no Ambulatório de Tricoses do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. A atividade inflamatória foi calculada com base no índice de Atividade do Líquen Plano Pilar (LPPAI) e os dados clínicos e referentes ao tratamento foram coletados dos prontuários e por entrevistas médicas. Para fins de comparação da atividade inflamatória, foram anotados dois valores de LPPAI para cada paciente. O primeiro foi referente à última consulta realizada entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020; o segundo, referente à primeira consulta realizada após agosto de 2020, seis meses após o início da pandemia (26 de fevereiro de 2020). Resultados: A piora da atividade inflamatória foi mais frequente nos pacientes que precisaram interromper o tratamento medicamentoso por mais de três meses em comparação aos que se mantiveram sob terapia regular. Não houve relação da piora da atividade inflamatória com a infecção pelo SARS-CoV-2. Dentre os sintomas referidos pelas pacientes, prurido foi o mais prevalente, seguido de sensibilidade e dor, mas não houve correlação estatística entre sintomas e piora da atividade inflamatória. Conclusão: Embora a atividade inflamatória possa piorar a despeito da terapia regular, o tratamento medicamentoso é benéfico para grande parte dos pacientes com AFF. A piora da atividade inflamatória não se correlaciona com a presença de sintomas. Os impactos socioeconômicos inerentes à pandemia levaram muitas pacientes à interrupção do tratamento e consequente piora da atividade inflamatória |