Estudo genético da epidermólise bolhosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Kelmann, Samantha Vernaschi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-25042023-154233/
Resumo: Introdução: A epidermólise bolhosa (EB) é caracterizada por fragilidade cutânea e formação de bolhas. O diagnóstico é feito comumente por imunomapeamento envolvendo procedimento de biópsia cutânea. Recentemente, o estudo molecular tem se mostrado uma importante ferramenta para o diagnóstico preciso dessa doença. No Brasil, o acesso a esses métodos ainda é limitado. Objetivos: Descrever o quadro clínico dos pacientes com EB; Identificar as mutações dos genes envolvidos na EB e realizar aconselhamento genético; Correlacionar os achados histológicos e de imunomapeamento com estudos moleculares. Métodos: Os 67 pacientes (60 famílias) com EB foram avaliados clinicamente e realizados o sequenciamento completo de exoma de paciente e de seus pais. Resultados: Os resultados do estudo molecular 67 pacientes (M: 34 F: 33) foram classificados em: 47 pacientes com EB distrófica recessiva, 4 com EB distrófica dominante, 15 pacientes com EB simples e 1 paciente com EB juncional. Foram encontradas variantes novas não descritas na literatura: EB distrófica recessiva 10/86 variantes no COL7A1; EB distrófica dominante 3/4 variantes COL7A1; EB simples encontrou uma variante em homozigose no KRT5 e uma variante em homozigose PLEC. O resultado do imunomapeamento em comparação com estudo molecular foi discordante em 22% dos pacientes e inconclusivo em 15%. Na EB distrófica recessiva todos pacientes apresentavam o quadro clinico com acometimento cutâneo generalizado exceto em duas pacientes irmãs com lesões localizadas pré tibiais; tres pacientes apresentaram carcinoma espinocelular e dois faleceram durante o estudo. Na EB simples, pacientes com alteração no gene PLEC autossômicos recessivos tiveram quadros clínicos mais graves que alteração nos genes KRT5 e KRT14. Conclusão: Este estudo conseguiu analisar clinicamente e classificar de maneira precisa de todos os pacientes pelo estudo molecular, assim oferecer o aconselhamento genéticos adequado à família. Recomendamos o sequenciamento completo de exoma como método de escolha para o diagnóstico de EB