Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pasetti, Maximiliano Henrique de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20032019-113603/
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Resumo: |
O período de transição é uma das fases mais críticas do ciclo de produção de vacas leiteiras. Embora se saiba que os animais costumam apresentar diversos problemas metabólicos e infecciosos nesta fase, existe grande dificuldade em mensurá-los. Neste contexto, a literatura mostra que a produção de leite no início da lactação reflete o estado fisiológico e de saúde do animal e, por isso, o uso dessa informação é pertinente para auxiliar na melhoria do manejo de vacas recém paridas. O objetivo deste trabalho foi estudar os principais fatores que podem ter influência sobre a produção de leite no primeiro controle mensal após o parto e utilizá-los para gerar um índice de transição que aponte, de forma acurada e rápida que problemas estão acontecendo. Os rebanhos foram selecionados a partir do software Agenda 5.0 da Clínica do Leite - ESALQ/USP, respeitando o critério de raça e sistema de produção. Assim, foram selecionados animais de raça Holandesa e criados em sistema de confinamento e coletadas as seguintes informações relativas as vacas: produção de leite no primeiro controle mensal após o parto (PLPC), identificação da vaca, raça, número da lactação, data do parto, dias em leite no primeiro controle leiteiro (DELPC), produção de leite acumulada na lactação anterior (PLLA), dias em leite na lactação anterior (DELLA) e data da secagem; e do rebanho: sistema de produção e frequência de ordenha. O DEL para realização do primeiro controle leiteiro foi limitado entre 5 e 60 dias. Foram excluídos os controles leiteiros de vacas de primeira lactação. Para obtenção do número de dias secos, foi subtraída a data do parto pela data da secagem das vacas. A data do parto foi categorizada como mês do parto. Ainda foram coletadas informações das análises de composição físico-química e contagem de células somáticas (CCS). Após a triagem do banco de dados, foram selecionadas 1.462 vacas oriundas de 18 diferentes rebanhos. Uma análise descritiva das variáveis continuas e categóricas foi realizada pelo PROC MEANS e PROC FREQ do SAS. Na sequência foi realizada uma análise de correlação pelo método de Spearman por meio do PROC CORR do SAS. Para estudar os efeitos das variáveis e categorias supracitadas sobre a PLPC um modelo linear generalizado misto foi utilizado por meio do PROC GLIMMIX do SAS. Para as variáveis preditoras categóricas, quando o p-valor encontrado foi significativo, procedeu-se a comparação entre as médias ajustadas através do teste de Tukey - Kramer. O mesmo modelo foi utilizado para gerar informações de uma produção de leite estimada (PLPCest) para cada vaca. Para gerar o índice de transição (IT), a PLPC observada foi subtraída da PLPC estimada. A partir da obtenção dos valores de IT, foi considerado que valores negativos indicaram perda de produção no primeiro controle, enquanto que valores positivos o oposto. O IT foi calculado para cada vaca e, posteriormente, foram calculadas as médias para os rebanhos. Medidas descritivas sobre o IT foram calculadas a nível de vaca e de rebanho para o banco de dados por meio do PROC MEANS do SAS. As correlações entre IT e as demais variáveis foram calculadas utilizando o método não paramétrico de Spearman. A mediana de produção de leite no primeiro controle foi de 25,4 kg e DELPC de 15 dias. A PLLA foi a variável que apresentou a maior correlação (r = 0,27) com a PLPC. As variáveis DELLA, PLLA, DELPC, dias secos, ordem da lactação, frequência de ordenha e mês do parto foram os fatores que tiveram influência (p<0,05) sobre a PLPC. A gordura e a proteína apresentaram correlação negativa com a PLPC (r= -0,17 e -0,13, respectivamente). De todos os animais avaliados, 50,21% dos controles tiveram IT positivo e 49,79% dos controles teve IT negativo. A mediana obtida em nível de vaca foi de +0,02 kg, enquanto que a nível de rebanho foi de +0,62 kg. As varáveis preditoras escolhidas ajudaram explicar 25% da variação na produção de leite no primeiro controle mensal após o parto. O modelo gerado de PLPCest pode ser utilizado para cálculo do IT. Por fim, as informações do IT podem ser utilizadas para observar os desvios em produção de leite no início da lactação. Recomenda-se a intepretação dos resultados tanto em nível de vaca, quanto em nível de rebanho. |