Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Cynthia Pereira da Costa e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-04122014-141143/
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Resumo: |
O periparto é um período crítico no qual as adaptações fisiológicas e imunológicas ocorridas podem ser responsáveis pela susceptibilidade às infecções intramamárias, durante o processo de colostrogênese. Desta forma, o estudo da imunidade inata e sua resposta frente aos patógenos bacterianos são fundamentais para entendimento, diagnóstico e adoção de medidas profiláticas para a mastite bovina. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a imunidade inata no sangue e secreção mamária de vacas da raça Holandesa no período periparto e sua resposta frente à exposição natural aos patógenos bacterianos durante a colostrogênese. Para tanto, foram avaliadas amostras de sangue (n= 91) e secreção mamária (n=208) de treze fêmeas bovinas de 2° a 4° parição. As vacas foram avaliadas semanalmente nas três semanas que antecedem e sucedem a parição prevista. A avaliação da resposta imune inata e detecção do processo inflamatório da glândula mamária (GM) foram realizadas por meio do exame específico da GM, exame bacteriológico, contagem de células somáticas da secreção mamária e provas imunológicas, tais como: viabilidade das células do colostro/leite; dosagem da citocina pró-inflamatória interferon-gama (IFN-γ), imunofenotipagem e avaliação funcional de leucócitos polimorfonucleares CH138+. Com base nos resultados obtidos, pode concluir-se que: a) A parição representou o momento com maior taxa de infecção mamária, no entanto, as alterações mamárias decorrentes do processo de colostrogênese limitaram o uso de exame específico do aparelho mamário para detecção da mastite clínica; b) A função dos neutrófilos sanguíneos nos momentos M-2 e M-1 apresentou-se diminuída, este fenômeno pode ter contribuído para maiores taxas de infecção mamária e exacerbação da função dos neutrófilos sanguíneos no momento da parição; c) A resposta nos neutrófilos sanguíneos não foi exclusiva da GM e apresentaram-se intensificadas nos momentos com alta frequência de inflamações uterinas no pós-parto; d) A GM apresenta-se altamente susceptível às infecções bacterianas no pós-parto imediato, decorrente da baixa viabilidade celular, reduzida proporção e atividade funcional dos neutrófilos CH138+ residentes. A adaptação ao pós-parto e aumento da atividade funcional dos neutrófilos da secreção mamária foi observada nas semanas subsequentes ao parto, resultando em diminuição da taxa de infecção bacteriana. |