Avaliação da microarquitetura e resistência óssea por tomografia computadoriazada quantitativa periférica de alta resolução (HR-pQCT) em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início juvenil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Paupitz, Juliane Aline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-08042016-085728/
Resumo: Objetivo: Avaliar por HR-pQCT a densidade mineral óssea volumétrica (vDMO), a microarquitetura e as características biomecânicas do rádio distal e tíbia, assim como os marcadores laboratoriais do metabolismo ósseo em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início juvenil (LESJ) comparados com controles saudáveis e determinar se este método permite identificar parâmetros que diferenciem pacientes com e sem fraturas vertebrais (FV). Métodos: Foram avaliadas 56 pacientes e comparadas a 56 controles saudáveis pareados por sexo, idade e estágio de Tanner. A HRpQCT foi realizada no rádio distal e na tíbia. Marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo foram avaliados: pró-peptídeo amino-terminal do colágeno tipo I (P1NP), telo-peptídeo carboxi-terminal do colágeno tipo I (CTX), paratormônio intacto (iPTH), esclerostina (SOST) e 25hidroxivitamina D (25OHD). Fratura vertebral foi avaliada por VFA-DXA (método semiquantitativo de Genant). Resultados: Redução na densidade volumétrica e na resistência óssea, assim como comprometimento da microarquitetura óssea tanto cortical como trabecular foram encontrados em pacientes com LESJ comparados com controles saudáveis, principalmente no rádio distal (p < 0.05). Além disso, pacientes com FV apresentavam valores significantemente menores nos parâmetros trabeculares, somente no rádio distal, comparados com pacientes sem FV (Total.DMO: 229,45 ± 42,09 vs 275,93 ± 56,87 mg/cm3; p = 0,034; Trabecular.DMO [Tb.DMO]: 136,96 ± 30,84 vs 163,17 ± 30,45 mg/cm3; p = 0,034; BV/TV: 0,114 ± 0,026 vs 0,136 ± 0,029; p = 0,034) e também menores valores em relação a propriedades biomecânicas (Módulo Aparente: 1236 ± 334 vs 1523 ± 367 N/mm2; p = 0,039). Pacientes com fratura vertebral apresentaram maiores índices de SLICC/ACR-DI (0,67 ± 0,78 vs 0,11 ± 0,32; p = 0,002). Parâmetros laboratoriais do metabolismo ósseo foram semelhantes entre os grupos avaliados. Análise de regressão logística incluindo parâmetros que foram significativos na análise univariada revelaram que Tb.DMO (OR:0,98; 95%IC 0,95-0,99; p = 0,039) e SLICC/ACR-DI (OR:7,37; 95% IC 1,75-30,97; p = 0,006) foram fatores de risco independentes para fratura vertebral. Conclusões: Este é o primeiro estudo demonstrando que pacientes com lúpus de início juvenil apresentam alteração na microarquitetura e resistência óssea, particularmente no rádio distal. Além disso, nossos resultados demonstram que as fraturas vertebrais estão associadas a um comprometimento trabecular e também evidenciamos a associação do dano da doença nesta condição de fragilidade óssea