Níveis séricos de vitamina D em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico: associação com nefrite lúpica, atividade da doença e densidade mineral óssea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Viviane Angelina de lattes
Orientador(a): Andrade, Luiz Carlos Ferreira de lattes
Banca de defesa: Pinheiro, Hélady Sanders lattes, Silva, Jane Azevedo da lattes, Pádua, Paulo Madureira de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4609
Resumo: Atualmente, é descrito papel imunomodulador da vitamina D, além de seu já reconhecido efeito na manutenção da homeostase óssea. A insuficiência de vitamina D é considerada epidêmica, e pode influenciar a patogenia de doenças autoimunes, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Este estudo avaliou a prevalência de insuficiência de vitamina D em pacientes com LES comparados a controles saudáveis, além de associações entre vitamina D e manifestações clínicas, nefrite lúpica, atividade da doença e densidade mineral óssea (DMO). A vitamina D foi avaliada pela análise sérica da 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] por cromatografia líquida de alta performance (HPLC) e níveis inferiores a 30 ng/mL foram considerados insuficientes. Foram avaliados 45 pacientes com LES e 25 controles saudáveis. A mediana (mínimo-máximo) da 25(OH)D foi 29,48 (20,83-44,23) ng/mL no grupo doente e 37,68 (22,91-44,07) ng/mL nos controles (p<0,0001). Ocorreu prevalência de insuficiência de 25(OH)D em 55% dos pacientes e 8% dos controles (p=0,001). A vitamina D associou-se com tempo de duração da doença (r=0,311; p=0,037) e uso de hidroxicloroquina (r=-0,337; p=0,024). Houve fraca evidência de associação inversa entre vitamina D e interleucina (IL)-6 (r=-0,276; p=0,066). Não houve associação entre 25(OH)D e nefrite lúpica ou densidade mineral óssea. O modelo de regressão logística multivariada evidenciou maior chance de ocorrer 25(OH)D < 30 ng/mL no grupo de pacientes lúpicos que nos controles (OR: 78,25;p=0,0001), quando ajustado para possíveis variáveis confundidoras. Nos pacientes lúpicos, a hipovitaminose D mostrou-se prevalente. A vitamina D associou-se com tempo de duração da doença e uso de hidroxicloroquina.