Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Mello, Maria Cristina de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-25082011-095746/
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Resumo: |
Este estudo teve por objetivo analisar os indicadores de tempo da carga de trabalho da equipe de enfermagem, em unidades de internação de Clínica Médica, Cirúrgica e de Terapia Intensiva Adulto. O método foi estudo de caso, observacional, transversal de natureza quantitativa, realizado no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Os procedimentos metodológicos foram organizados em três etapas: adequação do instrumento classificação de atividades proposto por Mello (2002) à linguagem padronizada de intervenções de enfermagem NIC - Classificação das Intervenções de Enfermagem, por meio da técnica de mapeamento cruzado; validação do instrumento das intervenções/atividades de enfermagem, utilizando a técnica oficina de trabalho e mensuração da frequência e do tempo despendido nas intervenções/atividades de enfermagem, utilizando o método amostragem do trabalho. Foram identificadas 126 intervenções de enfermagem, 24 classes de intervenções e sete Domínios da NIC, 14 atividades associadas e nove atividades pessoais. A carga de trabalho das três unidades foi mensurada, por meio do método amostragem do trabalho. A amostra das observações foi realizada com intervalo de 10min, durante 7 dias, sendo obtidas 25.308 observações do trabalho dos profissionais de enfermagem nas unidades estudadas. Os enfermeiros das Clínicas Médica, Cirúrgica e Terapia Intensiva Adulto, despenderam o tempo, respectivamente, 34,7%, 35,7% e 37,9% em intervenções de cuidado direto; 43,8%, 43,5% e 40% em intervenções de cuidado indireto; 3,9%, 6,1% e 5,3% em atividades associadas e 17,6%, 14,7% e 16,8% em atividades pessoais. Os técnicos/auxiliares de enfermagem despenderam, respectivamente, 50,1%, 48,7% e 61,8% em intervenções de cuidado direto; 20%, 21,7% e 11,8% em intervenções de cuidado indireto; 4,7%, 5,3% e 4% em atividades associadas e 25,2%, 24,3% e 22,4% em atividades pessoais. O tempo médio estimado para cada intervenção/atividade foi de 10min. na Clínica Médica, 8,5min. na Cirúrgica e 8,6min. na Terapia Intensiva Adulto. O tempo médio de cuidado por leito, nas 24 horas foi de 4h Clínica Médica sem leitos de alta dependência 4,4h, na Clínica Médica com leitos de alta dependência e 6,2h para os leitos de alta dependência; de 4,6h na Clínica Cirúrgica e 11,6h na Terapia Intensiva Adulto. A produtividade dos enfermeiros atingiu nas Clínicas Médica 82%, Cirúrgica 85% e na Terapia Intensiva Adulto 83%. A produtividade dos técnicos/auxiliares de enfermagem atingiu nas Clínicas Médica, Cirúrgica e Terapia Intensiva Adulto, respectivamente, 75%, 76% e 78%. De acordo com a taxonomia adotada, o Domínio de maior representatividade à equipe de enfermagem e aos enfermeiros foi o Domínio Sistema de Saúde, com a intervenção Documentação, a mais frequente. Para os técnicos/auxiliares de enfermagem, o Domínio Fisiológico Complexo com a intervenção Administração de Medicamentos como a mais frequente. Ao se comparar o tempo obtido nas intervenções realizadas nas unidades com o tempo estimado na NIC verificou-se que 43,4% das intervenções de cuidado direto e 18% das intervenções de cuidado indireto estão dentro do intervalo do tempo estimado na NIC. Este estudo permitiu identificar indicadores de carga de trabalho nas dimensões quantitativa e qualitativa, nas unidades estudadas de um hospital geral, de ensino, de média complexidade, considerado referência nacional na assistência de enfermagem. |