Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Souza Filho, Miguel Francisco de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-100737/
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo estudar a infestação natural de moscas-das- frutas (Tephritidae) no Estado de São Paulo, visando conhecer as espécies, suas plantas hospedeiras e seus inimigos naturais (Hymenoptera). O estudo foi realizado no período de junho de 1993 a janeiro de 1988 abrangendo 94 municípios. Foram coletados frutos de 113 espécies pertencentes a 31 famílias, dentre as quais 55 espécies frutíferas pertencentes a 17 famílias apresentaram infestação de moscas-das-frutas (27 nativas e 28 exóticas). Desse total de frutíferas infestadas, 11 espécies são referidas pela primeira vez como hospedeiras de moscas-das-frutas. Foram coletados 27.651 exemplares de Anastrepha spp. (62%), 11.684 de Ceratitis capitala (Wiedemann) (26%) e 5.155 de Lonchaeidae (12%). Foram identificados 14 espécies de Anastrepha associadas a 50 espécies botânicas (26 nativas e 24 exóticas), em 15 famílias. Ceratitis capitata foi associada a 34 espécies vegetais (11 nativas e 23 exóticas) pertencentes a 14 famílias. Anastrepha fraterculus (Wiedemann), C. capitata, A. obliqua (Macquart) e A. sororcula (Zucchi) foram as espécies mais importantes em ordem decrescente no território paulista. Anastrepha amita Zucchi, A. striata Schiner e A. turpiniae Stone foram assinaladas pela primeira vez no Estado de São Paulo. As plantas hospedeiras consideradas as mais importantes em função da sua distribuição pelo território, periodicidade/seqüência de frutificação e importância econômica foram: Averrhoa carambola L. (carambola), Citrus sinensis (L.) Osbeck (laranja doce), Coffea arabica L. (café), Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. (nêspera), Eugenia uniflora L. (pitanga), Malpighia glabra L. (acerola), Passiflora alata Dryander (maracujá-doce), Prunus persica (L.) Batsch (pêssego), Psidium guajava L. (goiaba), Spondias purpurea L. (serigüela) e Terminalia catappa L. ( chapéu-de-sol). Os parasitóides capturados totalizaram 4.642 espécimens pertencentes às espécies: Asobara anastrephae (Muesebeck), Doryctobracon areolatus (Szépligeti), D. brasiliensis (Szépligeti), Opius bellus (Gahan), Opius spp. e Utetes anastrephae (Viereck) (Braconidae); Aganaspis pelleranoi (Brèthes), Dicerataspis jlavipes (Kieffer), Lopheucoila anastrephae (Rhower), Odontosema anastrephae (Borgmeier),Trybliographa sp. (Figitidae); Trichopria sp. (Diapriidae). Doryctobracon areolatus foi a espécie mais abundante e de maior distribuição no Estado de São Paulo. Os parasitoides mostraram pouca especificidade quanto as espécies de moscas-das-frutas. O índice de parasitismo variou de 1,1 a 63,4% para os braconídeos e de 0,2 a 7,3% para os figitídeos. Foram elaboradas chaves ilustradas para a identificação das espécies de Anastrepha e de Braconidae coletados neste estudo. |