Estudo da significância do corpo na Umbanda: limites e possibilidades de aplicabilidade de alguns conceitos lacanianos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pellicciari, Fabiana Sampaio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-04122008-151746/
Resumo: A Umbanda comporta um vasto imaginário e grande riqueza simbólica manifestos numa ampla gama de elementos rituais, gestos, movimentos, expressões corporais, falas, danças, músicas, ou seja, em toda e qualquer expressão desta religião brasileira. O estudo foi feito em dois templos distintos: o Terreiro de Mãe Silvana, situado na cidade de Várzea Paulista, e o Templo de Umbanda Caboclo Flecha de Ouro, situado na cidade de Jundiaí, ambos situados no Estado de São Paulo. O objetivo foi delimitar os limites e as possibilidades de alguns conceitos psicanalíticos lacanianos na sua aplicabilidade aos fenômenos extáticos umbandistas no que concerne à esfera corporal. Os conceitos: corpo, significante, letra, objeto a, real e gozo, foram tratados como operadores no campo, sem haver uma aplicação da psicanálise como método de investigação da interioridade subjetiva nem como uma visão de mundo rival da umbandista, a fim de preservar a maneira como os próprios colaboradores narram suas experiências e as suas próprias concepções dos fenômenos. As entrevistas foram semi-estruturadas, assim como também foram realizadas anotações, gravações e observações de médiuns e entidades durante rituais umbandistas e fora deles. A análise e interpretação dos dados foram qualitativas. Os operadores analíticos lacanianos mostraram-se úteis, tanto por possibilitarem acesso aos aspectos simbólicos do êxtase, como por permitirem delimitar nas experiências extáticas o que elas comportam de inapreensível.