Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Macêdo, Alice Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-30092011-161724/
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Resumo: |
O humor revela-se frequentemente como uma característica marcante nos rituais umbandistas. Diante disso, este estudo propõe-se investigar, numa perspectiva etnopsicológica, se e em que medida as teses psicanalíticas (freudianas e lacanianas) sobre o chiste e o cômico podem ajudar a compreender o humor na umbanda. A pesquisa de campo foi realizada na Fraternidade de Umbanda Esotérica Caboclo Pena Branca, em Ribeirão Preto, cujos rituais se mostraram comumente bem humorados. Procedeu-se a uma escuta participante, que implica em uma escuta psicanalítica, na qual a participação é entendida e utilizada como instrumento de refinamento da audição. Nessa medida, a implicação do pesquisador em campo foi indispensável, pois o efeito de sentido é também produzido nele, que escuta e ri. Após a análise dos episódios espirituosos, foi possível constatar que a compreensão psicanalítica do humor é aplicável às suas ocorrências no ritual umbandista. Nas falas dos próprios adeptos do terreiro, o riso revela seu uso terapêutico, é parte de um tratamento que quebra defesas, o que se coaduna com a perspectiva freudiana de descarga de catexias. No entanto, segundo as teses psicanalíticas, frequentemente os chistes permitem a expressão de impulsos agressivos dirigidos ao ouvinte, enquanto na umbanda a função de ser objeto do riso é deslocada para personagens cômicos que representam o que poderia haver de repreensível no outro, deslocando a censura sobre os seus filhos para o enredo de uma comédia atuada por espíritos. Além disso, ao brincar com metáforas e sentidos novos, os espíritos dão eco à complexidade do sujeito humano, refletindo-a além de intelectualizações. |