Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Juliana Serafim da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-20012023-165927/
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Resumo: |
Introdução: A estenose aórtica (EAo) é uma doença valvar comum, e sua gravidade é rotineiramente avaliada pela ecocardiografia transtorácica (ETT). A ressonância magnética cardíaca (RMC) emergiu como um método diagnóstico alternativo, capaz de oferecer tanto medidas funcionais como de caracterização tecidual. No entanto, a quantificação de fluxo na RMC pela técnica contraste-de-fase (PC) unidirecional (1Dir) tende a subestimar velocidades. Adicionalmente, o tratamento da EAo ainda é baseado na presença de sintomas e na disfunção ventricular, embora novos parâmetros como o strain longitudinal (GLS) pela ETT e a presença de fibrose pela RMC tenham sido descritos como marcadores de disfunção subclínica e preditores de desfecho. Nossos objetivos foram de testar uma nova técnica de quantificação de fluxo tridirecional (3Dir PC) e de compará-la com a técnica 1Dir PC tradicional e com a ETT, de analisar medidas de strain e mapa T1 em pacientes com diferentes graus de EAo, e ainda de explorar seus valores prognósticos. Métodos: Quarenta e cinco pacientes e 10 controles foram prospectivamente incluídos. A RMC foi adquirida em pacientes e controles. A ETT foi adquirida como parte da rotina clínica em pacientes, e posteriormente processada para obtenção do GLS do ventrículo esquerdo (VE). O estudo da RMC englobou técnicas de fluxo uni e tridirecional, mapa T1 e aquisições cine para quantificação da função e strain do VE. Os parâmetros de fluxo da RMC foram comparados com a ETT. Correlações entre strain, mapa T1, medidas de fluxo e da função do VE foram exploradas, bem como valor prognóstico destes parâmetros de imagem. Resultados: Os parâmetros da técnica 3Dir PC se correlacionaram melhor com a ETT quando comparados com os parâmetros derivados da técnica 1Dir PC. Por exemplo, o coeficiente de Pearson para a velocidade máxima transvalvar entre a ETT e 1Dir PC foi de 0,81, enquanto que entre a ETT e 3Dir PC foi de 0.87. Houve um aumento progressivo do T1 nativo entre controles e pacientes com graus crescentes de EAo (p<0,05). Houve também uma melhoria do strain circunferencial e radial derivados da RMC em pacientes em comparação aos controles (p=0,017 e 0,027, respectivamente), enquanto o GLS não apresentou alteração significativa (p=0,457). A sobrevida global (SG) e a sobrevida livre de eventos (SLE) em 5 anos foram de respectivamente 83,9% e 48%, incluindo todos os graus de EAo. A fração de ejeção do VE e o T1 nativo foram preditores independentes de SLE (HR 1,159, IC95% 1,043-1,287, p=0,006 e HR 1,018, IC95% 1,006-1,030, p=0,003, respectivamente), enquanto somente o T1 nativo foi capaz de predizer a SG (HR 1,022, IC95% 1,004-1,039, p=0,013). Conclusões: A técnica de quantificação de fluxo 3 Dir PC ofereceu melhores estimativas de parâmetros hemodinâmicos do que a técnica 1Dir PC. O T1 nativo do miocárdio foi um preditor independente de desfechos clínicos e tem o potencial de se tornar um parâmetro não-invasivo mais precoce para guiar decisões terapêuticas em pacientes com EAo |