Um artista delirante: leitura de Quatro-Olhos, de Renato Pompeu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vedovato Junior, Carlos Moacir
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-26112019-102737/
Resumo: Quatro-Olhos, romance de Renato Pompeu, foi publicado em 1976, ao longo do processo da chamada Abertura Política do regime militar brasileiro. A presente dissertação tem como objetivo, à luz da teoria crítica, estudar as relações entre a organização formal dessa obra e o novo tempo nacional inaugurado pelo golpe de 1964. Para isso, intenta-se uma análise da construção do protagonista, cujo apelido dá título ao romance, e do projeto político-artístico que teria realizado no passado. No presente, algum momento após 1968, mas ainda sob a ditadura, Quatro-Olhos tenta reescrever sua obra pretérita e projetará, ao final da trama, reescrevê-la ainda outra vez. Este trabalho pretende realizar uma interpretação do romance a partir da maneira como o protagonista tenta recuperar uma atitude política do tempo social em que as forças coletivas de esquerda vigiam em um presente em que elas já não têm a força anterior. Tudo isso sob o signo do delírio marca essencial do protagonista de Quatro-Olhos.