Silenciar e calar: manifestações do inconsciente no Esquecimento de Signorelli

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Paulon, Clarice Pimentel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-19032014-162026/
Resumo: Essa pesquisa pretende ensaiar uma possível relação entre a Análise do Discurso de linha francesa (AD) e a Psicanálise (Freud e Lacan). Para realizar tal intento, tentaremos compreender a noção de silêncio a partir de conceitos de ambas as teorias. Da Análise do Discurso, utilizaremos conceitos como: ideologia, formações discursivas, paráfrase, polissemia, posição sujeito e os esquecimentos enunciados por Pêcheux. Da Psicanálise, utilizaremos conceitos como os de ato-falho, sujeito, Outro, nó-borromeo e inconsciente. Deste modo, realizaremos aproximações do campo do sentido e do non-sense, o que nos permitirá compreender como a dialética entre sujeito e linguagem é operada pelo silêncio que ilustra o aspecto do impossível nessa relação. Para elucidação dessa temática teremos como corpus O esquecimento de nomes próprios, publicado por Freud em três diferentes versões: em artigo publicado no jornal Monatsschrift fur Psychiatrie und Neurologie (1898/1987); no capítulo O esquecimento de nomes próprios, presente em Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana (1901/1987); em duas cartas escritas à Fliess sobre essa temática (1898,1898/1986).Observaremos como essas três versões se relacionam e legitimam a constituição das posições-sujeito de Freud, bem como o aparecimento do sujeito do inconsciente na cadeia significante. Essas torções subjetivas assim como o aparecimento do sujeito do inconsciente, ocorrem, como veremos, por esse aspecto do silêncio na linguagem que remete a um duplo impossível: diante do dito e diante do Real. Isso nos remeterá à incompletude da linguagem e à opacidade do sentido, que podem ser entrevistas através de recortes no texto de Freud que indicam movimentos parafrásticos do autor. Deste modo, a partir das pistas linguístico-discursivas encontradas no texto, é possível compreender conceitos essenciais a ambas as teorias que remetem a constituição subjetiva na atualidade. (FAPESP)