Efeito do potássio no crescimento, nas concentrações dos nutrientes e nas características da madeira juvenil de progênies de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden cultivadas em solução nutritiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Silveira, Ronaldo Luiz Vaz de Arruda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-193200/
Resumo: O estudo teve por objetivo determinar os efeitos do potássio sobre o crescimento, concentração dos nutrientes, açúcares solúveis totais, diamina putrescina e as poliaminas espermina e espermidina e as características físicas, químicas e anatômicas da madeira de quatro progênies de Eucalyptus grandis, bem como avaliar os genótipos quanto a eficiência de utilização de potássio. As plantas foram cultivadas até 67 dias após o transplantio em solução nutritiva contendo 175,5 mg de K L-1 . A partir dessa idade, iniciou-se o cultivo das progênies em quatro doses de potássio (0, 58,5, 175,5 e 526,5 mg L-1 ). As soluções nutritivas foram trocadas quinzenalmente. As plantas foram mensuradas mensalmente em altura e diâmetro. Aos 9 meses de cultivo nas doses de potássio, fez-se uma amostragem das folhas diagnóstico (5ª e 6ª folha a partir do ápice dos ramos) para a determinação da concentração de açúcares solúveis totais, putrescina, espermidina e espermina. Passado dez meses de cultivo nas doses de potássio, as plantas foram colhidas e separadas em folhas novas, folhas diagnóstico, folhas velhas, ramos, casca e lenho. Posteriormente, cada parte da planta foi colocada em saco de papel identificado e levada para secagem em estufa até atingir peso constante. Após a moagem foram determinadas as concentrações de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cl, Cu, Fe, Mn e Zn. Nas amostras do lenho foram realizadas análises anatômicas para a quantificação do comprimento, largura, diâmetro do lume, espessura e fração parede das fibras. Análises químicas foram feitas para determinar a concentração de holocelulose, extrativos e lignina. Determinou-se também a densidade básica do lenho em três posições do caule (ápice, meio e base). Nas condições experimentais as principais conclusões foram que para a produção de lenho, os materiais genéticos de E. grandis responderam de maneira diferenciada a aplicação de potássio, sendo as progênies 2 e 3 consideradas responsivas e as progênies 1 e 4 não responsivas. A faixa adequada de K nas folhas usadas para diagnose variou em função do material genético analisado. As progênies apresentaram respostas diferenciadas quanto a utilização de potássio para a produção de lenho e holocelulose. A progênie 2 foi considerada a menos eficiente. A deficiência de K acarretou num acúmulo tóxico de putrescina nas folhas diagnóstico de todas as progênies. Nas progênies 1 e 3, o aumento da dose de K na solução proporcionou decréscimos na concentração de açúcares nas folhas diagnóstico. As progênies tiveram comportamentos diferenciados para a densidade básica do lenho conforme variou-se a dose de potássio na solução nutritiva. As maiores doses de potássio na solução proporcionaram aumento no comprimento e na largura das fibras dos genótipos, com exceção da progênie 1. Na mesma progênie, houve decréscimo na espessura da parede com o aumento da dose de potássio. Nas progênies 2 e 3, as doses de potássio na solução nutritiva causaram aumento do diâmetro do lume das fibras. Houve redução da fração parede das fibras das progênies 1, 2 e 3 com o aumento da dose de potássio. A adição de potássio aumentou a concentração de holocelulose nas progênies 1 e 2. As progênies tiveram comportamentos distintos para a quantidade de holocelulose em função da dose de K na solução nutritiva, sendo a progênie 3 considerada mais responsiva.