Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Alexandre Moura dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-20072021-162648/
|
Resumo: |
Introdução. A arterite de Takayasu (TAK) é uma vasculite sistêmica primária com alta frequência de morbimortalidade, de doenças cardiovasculares e de seus fatores de risco. Entretanto, há fatores de risco cardiovascular modificáveis, ainda pouco estudados na TAK, que poderiam influenciar nesta morbimortalidade, como, por exemplo, a menor a capacidade aeróbia e potência aeróbia, a menor força muscular, o menor nível de atividade física e a pior composição corporal. Objetivos. Avaliar os fatores de risco cardiovascular modificáveis em pacientes do sexo feminino com TAK. Adicionalmente, avaliar o exercício físico combinado quanto a efeitos adversos, reativação da doença, e sua segurança. Secundariamente, avaliar a qualidade de vida, capacidade funcional, capacidade de realização de atividades da vida diária, e comorbidades pré-existentes. Por fim, correlacionar fatores de risco cardiovascular modificáveis, por exemplo, a potência aeróbia e força com a capacidade funcional, qualidade de vida e composição corporal. Métodos. Trata-se de um estudo clínico multicêntrico, randomizado, realizado no período de 2019 a 2020, em duas fases. Na primeira fase, foi realizada uma análise transversal em que 20 mulheres adultas com TAK (ACR 1990) foram pareadas por sexo, etnia, idade e índice de massa corporal com 16 controles sem doenças reumáticas, para avaliação dos fatores de risco cardiovascular modificáveis, isto é, capacidade e potência aeróbia (VO2 pico relativo e absoluto, limiares metabólicos e frequência cardíaca em teste, razão de troca respiratória), força, composição corporal (massa magra, massa gorda, tecido adiposo, massa corporal, índice de massa corporal e circunferências e razão cintura- quadril), atividade física, equivalente metabólica semanal (Questionário Internacional de Atividade Física - Formulário Curto, IPAQ-SF) e capacidade funcional / atividades de vida diária (Health Assessment Questionnaire - HAQ e Short-Form Health Survey questionários - SF-36), status da doença (Indian Takayasu Clinical Activity Score 2010, National Institute of Healthy, proteína C reativa - PCR e velocidade de hemossedimentação - VHS). Na segunda fase (randomização), 14 dos 20 pacientes com TAK foram randomizadas (1:1) para se submeterem ou não a uma sessão aguda de exercício físico combinado, com o objetivo de avaliar a segurança durante a sessão, reativação da doença e efeitos adversos (agudamente e após um mês de acompanhamento). Resultados. As 20 pacientes com TAK e 16 mulheres do grupo controle apresentavam, respectivamente, idade, etnia, e índice de massa corporal comparável entre si (P>0,05). Quando comparadas ao grupo controle, também apresentavam redução do VO2 pico (absoluto e relativo), redução da força em membros inferiores, aumento do tecido adiposo visceral, redução da capacidade de caminhada, diminuição do equivalente metabólico semanal, da capacidade de caminhada, da capacidade funcional (HAQ e SF-36) (P<0,05). Entretanto, não houve correlações entre a redução da potência aeróbia, da força e as variáveis funcionais avaliadas. Após a randomização, as pacientes submetidas ao exercício físico combinado não apresentaram eventos adversos, recidivas ou piora aguda da doença ou após um mês de seguimento. Com relação aos reagentes de fase aguda, não foram encontradas diferenças significativas pré e pós-sessão (0, 30, 60, 90, 120 minutos). Em todas as fases, não foram observados efeitos adversos, intercorrências (clínicas e laboratoriais) ou recidivas da doença. Conclusões. As pacientes do grupo TAK apresentam significativa piora dos fatores de risco cardiovascular modificáveis (potência aeróbia, força de membros inferiores, tecido adiposo visceral, relação cintura-quadril e nível de atividade física). Além disso, apresentando piora da qualidade de vida, da capacidade funcional e da capacidade de realização das atividades da vida diária. O aumento da presença de fatores de risco cardiovascular modificáveis (potência aeróbia e força muscular) não se correlacionou à menor qualidade de vida, menor capacidade funcional, e com a pior composição corporal. O exercício físico combinado foi seguro agudamente e após um mês da sessão. |