Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Isabel Cristina Costa Vigato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60135/tde-05102012-085559/
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Resumo: |
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune e a suscetibilidade às infecções está associada as suas anormalidades imunológicas e a sua terapia imunossupressora e citotóxica. Dentre as alterações que predispõem às infecções no LES estão anormalidades moleculares e funcionais dos neutrófilos: clearance e fagocitose ineficientes de imunocomplexos (IC) e bactérias, neutropenia, defeitos na quimiotaxia, redução do burst oxidativo e redução da expressão de receptores para IgG (Fc?R) e para complemento (CR). Além disso, os polimorfismos genéticos dos Fc?R têm sido associados com as disfunções imunes do LES. Os Fc?R são importantes mediadores das funções efetoras do neutrófilo e atuam em sinergismo com os CR (CR1 e CR3). O polimorfismo dos genes Fc?RIIA e Fc?RIIIB determina a expressão de variantes alélicas com diferenças funcionais, as quais podem influenciar as respostas biológicas e a suscetibilidade e o prognóstico das doenças infecciosas. Em particular, o alótipo Fc?RIIa-R131, tem menor afinidade para a IgG2, o que resulta em prejuízo na fagocitose mediada por esta imunoglobulina. A IgG2 é essencial contra bactérias encapsuladas e os pneumococos são responsáveis por 6-18% das infecções bacterianas no LES. O objetivo deste estudo foi investigar a influência dos polimorfismos genéticos dos Fc?R na fagocitose e desgranulação dos neutrófilos, associados ao polimorfismo do CR3, e à ocorrência de infecções bacterianas no LES. Os genótipos foram determinados por reações da polimerase em cadeia para os polimorfismos das variantes alélicas; a fagocitose e desgranulação foram estimuladas por IC contendo IgG (IC-IgG) e por IC-IgG e complemento (IC-IgG/SHN); a fagocitose de IC por neutrófilos e a expressão dos Fc?R e CR3 foram avaliadas por citometria de fluxo; e a desgranulação dos neutrófilos estimulada por IC foi medida pela liberação de elastase e lisozima. Os resultados mostraram: maior frequência para o genótipo R-131 no LES; associação do genótipo HNA-4a negativo para o CR3 com a suscetibilidade para o LES e associação do HNA-4a positivo com proteção; fagocitose menor em neutrófilos de pacientes com LES com genótipo HR-131 comparados aos neutrófilos do grupo controle com genótipo R-131 (IC-IgG e IC-IgG/SHN); no polimorfismo do Fc?RIIIb, a fagocitose e a lisozima foram menores em neutrófilos de pacientes com LES com genótipo HNA-1b e maior para HNA-1a/1b comparados aos controles com os respectivos genótipos (IC-IgG/SHN); a ocorrência de infecções foi mais frequentemente associada à presença do alelo R-131 e HNA-1b; nenhuma diferença foi observada para o polimorfismo HNA-4a do CR3, bem como para e elastase. Este estudo contribui para o entendimento das anormalidades nas funções dos neutrófilos no LES e para a identificação de indivíduos, cujo polimorfismo dos Fc?R e CR3 possa conferir suscetibilidade ou proteção às infecções. |