Avaliação da resposta inflamatória e da capacidade funcional em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico: efeito da intervenção fisioterapêutica
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina BR UFTM Curso de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/56 |
Resumo: | O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença auto-imune caracterizada por lesões cutâneas e manifestações sistêmicas, com períodos de exacerbação e remissão. Na fisiopatologia da doença destaca-se a produção de auto-anticorpos, hiperatividade dos linfócitos B e T, e alteração na expressão de citocinas. O objetivo geral foi avaliar a resposta inflamatória, a capacidade funcional e a qualidade de vida de pacientes com LES sob medicação, submetidos ou não à cinesioterapia. Foram avaliadas 16 mulheres com LES, em diferentes estágios evolutivos, em uso de corticóides e/ou drogas modificadoras de doenças reumáticas e 18 mulheres voluntárias que constituíram o grupo controle. Na primeira etapa foi avaliada a resposta inflamatória entre controles e pacientes com LES, por meio da dosagem sérica (ELISA) de IL-2, IL-5, IL-6, IL-8, IL-10 e TNF-a, ensaio de fagocitose de neutrófilos, quantificação da expressão do receptor CXCR2 e da integrina CD11b na superfície de neutrófilos e linfócitos por citometria de fluxo. Houve aumento significativo dos níveis séricos de IL-6, IL-8 e IL-10 nas pacientes com LES comparado ao grupo controle. No grupo de pacientes houve redução no índice fagocítico e na expressão de CD11b em linfócitos comparado ao grupo controle. Na segunda etapa, as pacientes foram divididas em 2 grupos, sendo grupo 1: medicação (n=10) e grupo 2: medicação + cinesioterapia (n=6), após 4 meses de tratamento foram avaliadas novamente. A capacidade funcional foi avaliada por meio de avaliação postural, antropométrica, de flexibilidade (banco de Wells, peitorais e isquiotibiais), do equilíbrio (Tinetti) e da força muscular. A qualidade de vida foi avaliada pelo questionário SF-36. O questionário SLEDAI foi utilizado para avaliar a gravidade da doença, o qual não apresentou diferenças entre os grupos. Após seguimento do tratamento, houve redução dos níveis séricos de IL-5 e IL-6 nos dois grupos, e de IL-8 e IL-10 no grupo tratado apenas com medicação. No grupo tratado com medicação e cinesioterapia houve redução de IL-2 no soro, redução da expressão de CD11b em neutrófilos, bem como aumento da expressão de CXCR2 em neutrófilos e de CD11b em linfócitos. Ainda, nesse grupo, houve aumento significativo de flexibilidade e da força muscular, e melhora significativa na limitação por aspectos físicos e na dor, após seguimento, enquanto que o grupo tratado apenas com medicação apresentou aumento nas circunferências do abdome e quadril. Em conclusão, pacientes com LES sob terapia medicamentosa, sem doença em atividade, apresentam diferenças nos parâmetros de resposta inflamatória em relação ao grupo controle, como aumento de IL-6 e IL-10, redução da capacidade fagocítica e da expressão de CD11b em linfócitos. A cinesioterapia aumentou a expressão de CXCR2 em neutrófilos e de CD11b em linfócitos, reduziu IL-2 sérica, aumentou a força e a flexibilidade dos pacientes tratados, com consequente melhora da dor e da limitação por aspectos físicos. |