Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lima, Maira Santilli de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-16022023-163153/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Os pacientes acometidos com a COVID-19, muitas vezes possuem alterações respiratórias graves, que podem afetar os mecanismos de fala e deglutição, devido à incoordenação respiratória ou à necessidade de intubação orotraqueal e ventilação mecânica, com necessidade também de uso de alimentação por vias alternativas, aumentando o risco para disfagia e suas complicações. Embora exista extensa literatura sobre a disfagia e fonoaudiologia, ainda não há uma caracterização extensa dos indivíduos acometidos pela COVID-19 e a disfagia, bem como a padronização da avaliação e tratamento fonoaudiológico nesses indivíduos. OBJETIVO: caracterizar a deglutição e identificar os sinais clínicos preditores para o risco de broncoaspiração em pacientes com COVID-19 que necessitaram de intubação orotraqueal (IOT). METODOLOGIA: Participaram desta pesquisa pacientes com o diagnóstico de Sars-CoV-2 COVID-19 (confirmados por exames laboratoriais) internados em UTIs do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICHC-FMUSP), que necessitaram de IOT e foram encaminhados pelos médicos para avaliação e reabilitação da deglutição pela equipe da Divisão de Fonoaudiologia, com idade superior a 18 anos, de abril de 2020 a agosto de 2021. Dados demográficos e clínicos foram coletados na admissão na UTI e/ou na alta hospitalar ou óbito. Todos os pacientes foram submetido à avaliação funcional da deglutição baseada no PARD e a classificação da deglutição foi baseada nas escalas de ASHA NOMS e FOIS, no momento da avaliação inicial e no desfecho do paciente (ou seja, alta hospitalar ou óbito hospitalar). RESULTADOS: Um total de 920 pacientes foi incluído neste estudo. Nesta população, 606 pacientes (65,9%) apresentaram disfagia hospitalar resolvida e 314 (34,1%) apresentaram disfagia não resolvida na evolução hospitalar. No geral, os pacientes tinham uma idade média de 56,5 anos, estavam geralmente com sobrepeso e tinham uma alta prevalência de comorbidades. Resultados do modelo de regressão logística multivariada para a previsão de disfagia não resolvida no desfecho hospitalar em pacientes críticos com COVID-19 indicaram que o aumento da idade (p = 0,003), a presença de Diabetes Mellitus (p = 0,015), menores níveis de ASHA NOMS na avaliação inicial da deglutição (p = 0,035) e maior número de sessões de reabilitação para retirada do método alternativo de alimentação (p = 0,016) foram associada a maiores chances de apresentar disfagia na evolução hospitalar. CONCLUSÃO: A disfagia na COVID-19 é comum, mas com boas chances de recuperação, pois a intervenção precoce da reabilitação da deglutição promove a saída mais rápida do paciente da UTI. Esses resultados evidenciam a necessidade de preparo para o cuidado / reabilitação dos pacientes na fase pós-aguda |