Efetividade de um programa terapêutico fonoaudiológico para pacientes com distúrbios aerodigestivos do trato pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Luna, Amanda Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-27032024-112501/
Resumo: INTRODUÇÃO: Os distúrbios aerodigestivos estão entre as principais causas de morte em todo o mundo. Impactam vidas sociais, econômicas, na saúde e na qualidade de vida. Atualmente, tem se discutido sobre os distúrbios aerodigestivos e que esses podem causar alterações na deglutição, voz e/ou função das vias aéreas. Mas pouco se discute sobre as características encontradas e o que fazer para seu tratamento. OBJETIVO: Analisar a efetividade de um programa terapêutico fonoaudiológico para reabilitação da disfagia para a população estudada de Distúrbios Aerodigestivos. MÉTODO: Participaram da pesquisa indivíduos encaminhados para o Ambulatório de Disfagia da Divisão de Fonoaudiologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com diagnóstico de Distúrbio Aerodigestivo, para avaliação e tratamento fonoaudiológico, no período de janeiro de 2022 a junho de 2023, com idade superior a 18 anos. Os pacientes passaram por uma triagem utilizando o protocolo PARD (Protocolo fonoaudiológico de avaliação do risco para disfagia) e o Mini Exame Estado Mental (MEEM), todos participantes que passaram foram submetidos à avaliação pré e após intervenção fonoaudiológica (sendo um plano terapêutico desenvolvido para a população estudada) e após 6 meses, com o Protocolo de Introdução e transição alimentar (PITA), classificação da deglutição pela escala ASHA NOMS, Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores Expandido (AMIOFE-E), Protocolo Qualidade de Vida em Disfagia (SWAL-QOL) e Eletromiografia de Superfície (EMGs) em região supra hióidea na tarefa de deglutição de saliva em diferentes volumes de água. RESULTADOS: Em relação à deglutição de acordo com a escala ASHA NOMS, houve diferença significativa entre as medidas, na comparação entre o nível inicial e imediatamente após o tratamento e na comparação entre o nível pré-tratamento e após seis meses. As comparações dos resultados obtidos com o protocolo AMIOFE, também apresentaram diferença significativa entre todas as medidas (Aparência e condição postural/posição, mobilidade, funções e pontuação total), com exceção da pontuação da seção Funções após seis meses. Com a EMGs encontramos resultados estatisticamente significantes, como a diminuição do tempo e do número de picos em todas as situações. Apenas na situação do teste de 50 ml, encontrou-se resultado estatisticamente significante em relação à média, quando comparado a avaliação pré, com a imediatamente após o tratamento, e a avaliação pré e com a após seis meses do tratamento. Com o protocolo SWAL-QOL, como resultado estatisticamente significante, tivemos o aumento das pontuações, em todas as situações das questões relacionadas à frequência de sintomas, comunicação, medo de se alimentar, sono e fadiga. Também se encontrou-se significância, quando comparado a avaliação pré, com a após 6 meses do tratamento, para questões relacionadas à deglutição como um fardo, saúde mental e social. CONCLUSÃO: Conclui-se que o programa de terapia fonoaudiológica é eficaz para disfagia para amostra deste estudo