Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Bárbara Carolina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/243188
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Resumo: |
Introdução: A progressão grave da COVID-19 esteve frequentemente associada ao desenvolvimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave com necessidade de distintos meios de suporte respiratório e via alternativa de alimentação, e outros marcadores de risco para disfagia orofaríngea (DO). Objetivo: caracterizar a disfagia orofaríngea em pacientes acometidos pela COVID-19 e comparar os graus da DO com distintos fatores de risco para a deglutição. Método: Participaram desse estudo 130 indivíduos com COVID-19 diagnosticados por meio de exames laboratoriais, internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Base de São José do Rio Preto, no período de junho de 2020 a julho de 2021, encaminhados para a equipe de Fonoaudiologia seguindo os critérios estabelecidos para risco de DO. Foram coletadas as variáveis idade, sexo, comorbidades, via de alimentação, uso de intubação orotraqueal (IOT), uso de posição prona, ventilação mecânica (VM), traqueostomia, nível de ingestão oral, tempo total de internação e desfecho clínico. Realizada avaliação clínica da deglutição por meio de protocolo específico do Serviço de Fonoaudiologia. Para conclusão diagnóstica foi proposta uma escala de classificação do grau de comprometimento da DO para indivíduos com COVID-19, previamente analisada por um comitê de especialistas. Aplicada a classificação do nível de ingestão oral pela Functional Oral Intake Scale (FOIS - CRARY et al., 2005) e American Speech-Language-Hearing Association National Outcome Measurement System - Swallowing Scale (ASHA NOMS – ROCKVILLE, 1998). Resultados: Verificou-se que 70 (53,8%) indivíduos eram do sexo masculino com média de idade de 56,2 anos. 69 (53,1%) indivíduos apresentavam duas ou mais comorbidades, sendo a hipertensão arterial (HAS) a mais frequente (48,5%), seguida de obesidade (30,8%) e diabetes (30%). Constatou-se que 114 (87,7%) necessitaram de IOT, 62 (48,1%) de posição prona, 27 (20,8%) de traqueostomia e 102 (78,5%) em uso de via alternativa de alimentação. Quanto ao grau de comprometimento da DO, 70 (53,8%) foram classificados como leve, 50 (38,5%) moderado e 10 (7,7%) grave. Os níveis da escala FOIS e ASHA NOMS variaram de 1 a 6, com maior frequência no nível 1 nas duas escalas. O grau de comprometimento da DO se relacionou com IOT, desfecho clínico e com as vias de alimentação. Os níveis de ingestão oral se relacionaram com o tempo de IOT e com as vias de alimentação e não houve relação entre grau de comprometimento da DO e a posição prona. Conclusão: A disfagia orofaríngea no indivíduo com COVID-19 em Unidade de Terapia Intensiva ocorreu em distintos graus de comprometimento, mais frequentemente no grau leve do que moderado e grave, e o uso de IOT, desfecho clínico e vias de alimentação tiveram relação com o grau da disfagia e o nível de ingestão oral nesta população. |