A contribuição da Geomorfologia para o conhecimento da fitogeografia nativa do estado de São Paulo e da representatividade das Unidades de Conservação de Proteção Integral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Jordão, Silvia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-18062012-104957/
Resumo: A análise de mapas da vegetação nativa do estado de São Paulo elaborados ao longo dos séculos XIX, XX e XXI, revela diferentes possibilidades de interpretação da fitogeografia estadual, embora revele também muitos aspectos convergentes, como por exemplo, tipos florestais na fachada Atlântica adaptados a maior umidade que aqueles tipos do interior. Em busca de elementos territoriais que favorecessem a compreensão da organização fitogeográfica estadual foi elaborada uma revisão do conhecimento geomorfológico do estado de São Paulo que permitiu individualizar os principais aspectos do relevo paulista. A comparação entre as propostas que descreveram e mapearam a vegetação nativa com os principais tipos de relevo indicou a possível ocorrência de vinte e três tipos de ambientes terrestres com afinidades fitogeográficas, além de dois aquáticos e ambientes de exceção, de ocorrência muito localizada. O reconhecimento deste conjunto de ambientes permitiu ainda a elaboração de uma análise da distribuição das Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral no território estadual revelando a concentração destas na Serra do Mar Paranapiacaba, seguido pelo Planalto Atlântico, em contraste com o restante do Estado que apresenta grandes vazios e UCs isoladas. A atual área protegida neste tipo de categoria alcança atualmente 3,8% do território paulista. Os resultados finais revelaram que o conhecimento da fitogeografia nativa estadual precisa ser aprimorado para que possa expressar sua real diversidade original e que o relevo pode ser a base territorial para esta organização, agregando dados botânicos, climáticos e pedológicos. Sugere-se que a nova proposta de mapeamento adote uma plataforma digital e escalas entre 1:250.000 e 1:500.000, além de uma classificação fisionômica-ecológica para os níveis superiores, admitindo subdivisões com base na flora ou em condições ambientais específicas. A terminologia poderá ser aquela proposta pelo mapa oficial da vegetação brasileira do IBGE, adaptando-a, no entanto, a condições mais localizadas. Ações voltadas à restauração ou à conservação da biodiversidade, bem como processos de planejamento ambiental-territorial serão tanto melhores quanto melhor forem as bases conceituais e de informação no qual se apóiem. Deste modo a falta de conhecimento fitogeográfico adequado pode induzir a ações que levam a biosimplificação e favoreçam, cada vez mais, a homogeneização de paisagens.