Geomorfologia fluvial, mudanças ambientais e evolução do megaleque do Rio São Lourenço, quaternário do pantanal mato-grossense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Corradini, Fabrício Anibal [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102881
Resumo: O megaleque fluvial do São Lourenço é um sistema deposicional que vem sendo construído pelo rio São Lourenço, desde o Pleistoceno, na porção nordeste da bacia sedimentar do Pantanal Mato-Grossense. Com base na interpretação de imagens orbitais e de dados de campo, foram reconhecidos três grandes compartimentos geomorfológicos no megaleque: a) uma extensa planície fluvial pleistocênica dissecada; b) um cinturão de meandros de idade holocênica, ainda ativo nas porções média/superior do megaleque, mas abandonado na sua porção distal; um lobo deposicional moderno composto por vários lóbulos deposicionais. Depósitos de diferentes compartimentos foram amostrados com vibrotestemunhador, sendo as facies sedimentares descritas e interpretadas em termos de processos e de ambientes deposicionais. As idades dos depósitos dos diferentes compartimentos foram obtidas por meio de datação pelo método de luminescência oticamente estimulada (LOE), o que permitiu a proposição de um modelo evolutivo para a área estudada. Na planície aluval dissecada foram reconhecidas paleorredes de canais distributários formados por lobos ativos durante o Pleniglacial médio, entre 64,8 e 28,5 ka AP. A planície aluvial dissecada foi submetida a processos erosivos, existindo na sua superfície uma rede de canais tributários, que drenam as águas das chuvas para as planícies fluviais periféricas dos rios Cuiabá e Piquiri. A maior evidência do evento de dissecação, que do final do Pleistoceno ao Holoceno superior, é a existência de um vale inciso na porção media/superior do megaleque, cortando os depósitos pleistocênicos dos lobos antigos. O vale tem direção N65E, condicionado pela falha de São Lourenço, e nele se encontra alojado o cinturão de meandros formado por agradação fluvial...