Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
França, Manuela Eduarda de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-05022024-150720/
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Resumo: |
Meduloblastoma (MB) é o tumor cerebral maligno mais frequente em crianças e adolescentes, sendo classificados em 4 subgrupos moleculares principais: WNT, SHH, Grupo 3 e Grupo 4. Pacientes do Grupo 3 (G3) apresentam o pior prognóstico dentre os subgrupos moleculares de MB, poucas terapias alvo já foram descritas como eficazes contra esse tipo de tumor. Dessa forma, análises que identifiquem genes diferencialmente expressos entre os subgrupos podem contribuir com a identificação de novos alvos terapêuticos. O VRK1 foi identificado como um desses potenciais alvos, apresentando-se hiperregulado em MB-G3, além de ser descrito como biomarcador de pior prognóstico e um alvo terapêutico promissor em vários tipos de câncer. Foi investigado in sílico e in vitro o efeito funcional de VRK1 na progressão tumoral de MB-G3. Primeiramente, foram utilizados quatro bancos de dados públicos de MBs pediátricos, disponível na plataforma R2: Genomics Analysis and Visualization Platform. Em seguida, foi realizada a correlação dos níveis de expressão de VRK1 com características clínicas de pacientes, cerebelo normal e sobrevida global e subgrupos moleculares. As análises semelhantes foram realizadas na coorte do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Centro Infantil Boldrini (HC-FMRP/CIB). Através da plataforma Enrichr, foram realizadas in sílico, análises de enriquecimento de vias com os genes correlacionados. In vitro, após inibição de VRK1 por shRNA nas linhagens USP-13 e D283-Med, foram realizados ensaios funcionais. As análises estatísticas foram realizadas no software SPSS e GraphPad Prism. Resultados: Os resultados observados foram, pacientes com maior expressão de VRK1 estão associados a casos de metástase, desfecho clínico desfavorável e menor taxa de sobrevida global (p<0,05). A expressão gênica de VRK1 está significativamente inferior em amostras de cerebelo normal quando comparados às amostras tumorais (MB) (p<0,05). Foram encontrados genes correlacionados com VRK1 (|R| ≥ 0,3) enriquecidos em vias de regulação do ciclo celular, e nas vias mTOR, MAP, AMPK e p53 (p<0,05). Dentre os subgrupos moleculares de MB, sua expressão foi maior no subgrupo G3 quando comparados a SHH, assim como nas linhagens classificadas com grupo 3/4 (p<0,0001). In vitro, o silenciamento gênico de VRK1 impactou na proliferação celular, formação de colônias, migração e invasão celular em ambas as linhagens (p<0,0001). Conclusão: Observamos que VRK1 estar hiperexpresso em características desfavoráveis e em subgrupo de pior prognóstico, MB-G3. Os genes correlacionados estão influenciando em mecanismos celulares e vias importantes para a progressão tumoral de MB. Sendo que a depleção de VRK1 suprimiu os mecanismos, proliferativos, migratórios e invasivos. Sugerimos que VRK1 influencia a progressão tumoral em MB-G3, sendo um alvo terapêutico promissor para este tumor. |