Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Daniel Souza da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8160/tde-22032019-130209/
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Resumo: |
Tendo atuado no meio artístico e intelectual brasileiro do segundo pós-guerra até o fim da década seguinte, o veneziano Ruggero Jacobbi (1920-1981) foi um destacado crítico, tradutor e difusor da literatura brasileira, especialmente do drama e da lírica. A pesquisa procura, na perspectiva dos Estudos Descritivos da Tradução, recorrer ao instrumental da crítica genética aplicado à grandiosa tradução Invenzione di Orfeo, trabalho que lhe teria tomado décadas de dedicação, a partir da obra maior do poeta nordestino Jorge de Lima. O levantamento de documentos em acervos na Itália permitiu a consolidação de um dossiê genético a partir do qual se discute o processo tradutório no bojo da atuação brasilianista de Jacobbi. Os nomes do poeta Murilo Mendes e da filóloga Luciana Stegagno Picchio surgem no estudo como frequentes coadjuvantes deste que talvez tenha sido o empreendimento mais ambicioso do amigo. Antes da reconstituição crítico-genética, no entanto, apresenta-se a fulgurante presença da obra lírica do poeta alagoano no distante país peninsular, desde a primeira figuração por obra de Giuseppe Ungaretti até as investidas exegéticas fundamentais de Stegagno Picchio. Para tanto, por sua vez, apresenta-se e se discute a trajetória geral, brasileira e, depois, brasilianista de Ruggero Jacobbi, com atenção ao legado relativo à lírica nacional, que culmina no objeto maior desta dissertação. Entre a teatralização engajada da Litania dos Pobres de Cruz e Sousa para uma montagem brechtiana apresentada no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) em 1950 e a publicação póstuma do grande exemplo de transcriação, guia-nos o espírito crítico marxista-gramsciano e impuro de um intelectual marcado pelo ecletismo e pela contundência inconformista, formado em meio aos herméticos florentinos da era fascista e movido a refratar sua expressão insone em poesia, em teatro, no cinema, no diário, no ensaio, na crítica, na historiografia literária, na antologia e na tradução. |