A distância do olhar: síntese e liberdade na doutrina da ciência de Fichte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gaspar, Francisco Prata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-03122015-143205/
Resumo: Tendo como principal objeto de análise a Fundação de toda a doutrina da ciência, este trabalho pretende mostrar como a liberdade e seus conceitos correlatos de espontaneidade e atividade são operadores essencialmente especulativos na doutrina da ciência. Ao contrário do que afirmam alguns de seus intérpretes, eles não entram em cena a partir das preocupações práticas de Fichte, como se a doutrina da ciência fosse obra dos anseios do coração do indivíduo Fichte. Antes, eles têm de resolver o problema constitutivo da filosofia acerca da síntese entre ser e pensamento. Problema cuja expressão mais precisa foi dada a Fichte a partir da filosofia transcendental de Kant e das objeções a ela dos pós-kantianos, sobretudo os céticos Maimon e Enesidemo. É preciso doravante refazer a doutrina da verdade de modo sistemático e radical, fornecendo a gênese de todo elemento fático. Ver-se-á que a liberdade deve ser entendida como sinônimo de gênese e, por isso, está apta a criticar todo o fático, expondo geneticamente tudo aquilo que aparece à consciência. Para tanto, será preciso, em um primeiro momento, recuperar o debate entre Reinhold, Enesidemo e Maimon com Kant e sua explicação da síntese originária, para depois, em um segundo momento, passar à análise da Fundação de toda a doutrina da ciência, mostrando como os conceitos de liberdade e espontaneidade absoluta dissolvem, passo a passo, as objeções céticas ao kantismo e fornecem a solução radical e sistemática para o problema filosófico da síntese.