Marcadores epidemiológicos de resistência à colistina em Escherichia coli de origem aviária: análise crítica sobre biosseguridade e uso de antimicrobianos em avicultura no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Reple, Jéssica Nacarato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-18052020-104909/
Resumo: A biosseguridade é uma estratégia importante para manutenção da produtividade e sanidade na produção animal, aliada ao uso prudente de antibióticos. A colistina pertence à classe das polimixinas, classificada como criticamente importante para a medicina humana. O aumento da procura de genes mcr demonstra a crescente preocupação com a transferência de resistência a este antimicrobiano entre animais e seres humanos. Os objetivos do presente estudo foram avaliar parâmetros de biosseguridade nas granjas e verificar correlações com desempenho zootécnico, positividade de Salmonella spp. e uso de antibióticos. Adicionalmente, foi investigado o fenótipo de resistência à colistina e a frequência de ocorrência dos genes mcr-1, mcr-2, mcr-3, mcr-4 e mcr-5 nos isolados de E. coli de fezes de frango de corte de 4 Integrações no sudeste do Brasil. O Escore de Biosseguridade não apresentou correlação com o IEP, prevalência de Salmonella spp. e uso de antibióticos; mas apresentou baixa correlação com Ganho de Peso Médio das fêmeas. Adicionalmente, o aumento do uso de antimicrobianos apresentou diferença estatística com a maior prevalência de Salmonella spp. e mortalidade final. Estes resultados demonstram que outros fatores podem impactar o desempenho zootécnico e status sanitário dos lotes, ademais da biosseguridade. Encontrou-se uma baixa frequência de ocorrência de E. coli resistente à colistina nas quatro integrações (9/389 - 2,3%), com maior prevalência de estirpes resistentes na Integração 2 (4,0%) que utilizou o antibiótico recentemente quando comparada às demais (1,1% - 2,0%). Não foram identificados os genes mcr-1, mcr-2, mcr-3, mcr-4 e mcr-5 nos isolados. 44,4% (4/9) das estirpes resistentes à colistina também foram caracterizados como multirresistentes e, uma delas, apresentou fenótipo de resistência estendida aos betalactâmicos. A resistência à colistina pode ser cromossomal ou mediada por outros genes mcr não identificados.