Resistência a colistina: Papel do suíno como reservatório de genes mcr-1, mcr-2, mcr-3, mcr-4 e mcr-5 em sistemas de produção intensiva no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moreira, Jessica
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-18012021-151924/
Resumo: A distribuição global de genes de resistência à colistina mediada por plasmídeos, como mcr-1, mcr-2, mcr-3, mcr-4 e mcr-5 representa uma preocupação para a saúde pública, uma vez que a colistina é utilizada como a última linha de defesa para o tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-negativas multirresistentes em infecções hospitalares em humanos. Décadas de uso de antimicrobianos na suinocultura intensiva, seja como facilitadores de crescimento, na forma metafilática ou terapêutica, contribuíram com a seleção de estirpes bacterianas resistentes, e o isolamento de enterobactérias resistentes a colistina se tornou muito frequente nesta espécie animal. Considerando a importância da disseminação dos genes de resistência plasmidiais, o presente estudo tem por objetivos avaliar a frequência de animais carreando estirpes de enterobactérias resistentes a colistina e a disseminação dos genes de resistência mcr-1, mcr-2, mcr-3, mcr-4 e mcr-5 em 25 sistemas de produção de suínos localizados em diferentes estados do Brasil. Amostras de fezes de suínos foram semeadas em meio seletivo para enterobactérias contendo colistina e as colônias isoladas foram identificadas por espectrometria de massa MALDI-TOF. As estirpes de Escherichia coli identificadas foram submetidas à pesquisa dos genes mcr-1, mcr-2, mcr-3, mcr-4 e mcr- 5 pela reação em cadeia pela polimerase. A identificação e descrição dos genes relacionados a resistência a colistina em animais de produção no Brasil é de grande importância para conscientização dos produtores e responsáveis cadeia de produção sobre a necessidade de redução no uso deste ativo e para embasar medidas de controle por parte dos órgãos oficiais.